Segurança: além da Rússia, o Irã e a Coreia do Nortes são considerados "ameaças chave" (Wolfgang Rattay/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de março de 2018 às 16h12.
Londres - A ameaça russa e a perspectiva de aumento do terrorismo do Estado Islâmico (EI) nos próximos anos centram a nova estratégia de segurança nacional apresentada nesta quarta-feira pelo Governo britânico.
O plano, divulgado hoje, foi classificado pela primeira-ministra britânica, Theresa May, como "uma doutrina de fusão".
A estratégia pretende combinar recursos de todos os departamentos governamentais - serviços de inteligência, diplomáticos, culturais e militares - para melhorar os sistemas de segurança e derrotar os inimigos do Reino Unido, segundo indica o documento.
No prólogo do relatório, a líder conservadora aponta que o Executivo usará "todas as possibilidades ao seu alcance" a fim de combater o aumento detectado nas ameaças à segurança nacional.
A "premiê" destaca que certos fatos concretos ocorridos neste país o passado ano, como os "atrozes" atentados terroristas perpetrados em Londres e Manchester (norte do país), mostraram a necessidade de adotar "medidas mais duras".
May também citou "o descarado e temerário ato de agressão cometido nas ruas de Salisbury, uma tentativa de assassinato mediante uma arma química ilegal", alusão ao envenenamento do ex-espião Serguei Skripal e de sua filha Yulia com um gás nervoso. Ambos seguem em estado grave.
Além da Rússia, entre outras "ameaças chave" detectadas por este país figuram o Irã e a Coreia do Norte, segundo o documento.
Em virtude desta nova estratégia, o Governo elevará nos próximos anos a quantidade destinada anualmente à segurança nacional, de 63,9 bilhões de euros a 68,4 bilhões de euros.
O secretário de Estado britânico para Segurança, Ben Wallace, disse hoje, em declarações à emissora "BBC Rádio 4", que com o novo plano pretende-se criar um sistema "mais centrado e mais coordenado" perante as ameaças modernas.