Trabalhadores em indústria chinesa: em julho, salário de Pequim já havia subido em 20% (Feng Li/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 07h56.
Pequim - As autoridades de Pequim decidiram aumentar o salário mínimo na capital da China em 20% pela segunda vez em seis meses, como resposta ao persistente aumento dos preços e à crescente disparidade de rendimentos.
O salário mínimo mensal em Pequim aumentará de 960 yuanes (144 dólares) a 1.160 yuanes (US$ 175) a partir de 1º de janeiro, segundo um comunicado publicado no site oficial do governo.
Em julho, o governo de Pequim já havia aumentado o salário mínimo em 20%.
A China determinou uma série de aumentos do salário mínimo este ano após uma onda de conflitos trabalhistas e de suicídios, que ressaltaram o descontentamento entre os trabalhadores de baixa renda.
O aumento anunciado nesta quarta-feira acontece em um momento de ansiedade com a inflação, que em novembro chegou a 5%, o maior nível em mais de dois anos.
Os preços dos alimentos subiram quase 12% em ritmo anual no mês passado. Os valores ligados ao setor da habitação também registraram alta, apesar dos esforços do governo para acalmar o setor imobiliário.
Por temer a inflação, que no passado provocou conflitos sociais na China, as autoridades adotaram uma série de decisões de política monetária para conter a alta dos preços.
No sábado, o Banco Central elevou as taxas básicas de juros pela segunda vez em menos de três meses. Na semana passada aumentou as reservas obrigatórias dos bancos, com o objetivo de limitar a massa monetária em circulação e controlar a inflação.