Pena de morte: a Indonésia tem penas rígidas para crimes relacionados a drogas, mas deteve as execuções temporariamente ao se deparar com críticas intensas do exterior (Yoav Lemmer)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2016 às 09h40.
Jacarta - A Indonésia planeja executar 16 prisioneiros depois dos feriados muçulmanos do Eid al Fitr do mês que vem, e mais do que dobrar esse número no ano que vem, disse o porta-voz da Procuradoria-Geral nesta terça-feira.
M. Rum disse aos repórteres que há 152 pessoas no corredor da morte no país, mas que os traficantes de drogas serão priorizados.
"De acordo com o orçamento que temos, planejamos (executar) 16 neste ano e 30 no próximo ano", informou Rum.
"O presidente (indonésio) Joko Widodo afirmou que o país enfrenta uma emergência de narcóticos, e isto é para... salvar nossas gerações futuras", acrescentou.
Ele não quis dar detalhes sobre quem irá ser posto diante do pelotão de fuzilamento em julho.
A Indonésia tem penas rígidas para crimes relacionados a drogas, mas deteve as execuções temporariamente ao se deparar com críticas intensas do exterior no ano passado, quando executou 14 pessoas, a maioria traficantes de drogas estrangeiros – entre eles os brasileiros Rodrigo Gularte e Marco Archer Cardoso Moreira.
A recusa de perdão de Widodo aos prisioneiros, apesar dos apelos reiterados por clemência, desencadeou tensões diplomáticas, sobretudo com a Austrália, que convocou seu embaixador em protesto contra a execução de dois de seus cidadãos em abril.
Rum disse que os casos relacionados a drogas envolvem "muitos" estrangeiros, mas se recusou a dizer se algum será executado em 2016.