Indonésia estudará apelo de traficantes australianos
O presidente indonésio Joko Widodo recusou o pedido de perdão e os dois condenados foram recentemente transferidos para a ilha de Nusakambangan, o que significa que a execução é iminente
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2015 às 10h49.
Um tribunal indonésio irá analisar na próxima semana um apelo formalizado por dois australianos condenados à morte por tráfico de drogas e cuja execução é iminente, informou neste domingo um de seus advogados.
Em princípio, Andrew Chan e Myuran Sukumaran, condenados à pena capital em 2006 por comandarem uma rede de tráfico de heroína entre Indonésia e Austrália, tinha esgotado todas as vias legais.
O presidente indonésio Joko Widodo recusou o pedido de perdão e os dois condenados foram recentemente transferidos para a ilha de Nusakambangan, o que significa que a execução é iminente.
Seus advogados, no entanto, tentaram um último recurso para evitar o pelotão de fuzilamento acionando um tribunal administrativo, ante o qual contestam a rejeição presidencial do pedido de perdão.
"A razão evocada para a rejeição do pedido de perdão não está claro", declarou à AFP o advogado James Doly.
No sábado, o presidente Joko Widodo justificou sua decisão de manter a pena de morte aos estrangeiros condenados por tráfico de drogas, entres eles o brasileiro Rodrigo Gularte, convidando os críticos a levar em conta os prejuízos causados pelas drogas em seu país.
"Não prestem unicamente atenção aos traficantes, mas também ao impacto do tráfico de drogas", declarou o presidente à Al-Jazeera.
"Visitem, por favor, os centros de desintoxicação, onde (os viciados) gritam por causa de seu vício. Temos que ver as coisas de ambos os lados", acrescentou Widodo, observando que 4,5 milhões de indonésios devem receber tratamento contra o vício.
Pela primeira vez desde 2013, seis condenados à morte, entre os quais o brasileiro Marco Archer, foram executados nos dias 17 e 18 de janeiro na Indonésia.
Desta vez, os dois australianos estão entre os 10 condenados à morte que serão fuzilados em breve, um grupo que inclui réus do Brasil, França, Filipinas, Nigéria e Gana.
Assim como a Austrália, Brasil e França intensificaram a pressão sobre Jacarta. Paris convocou o embaixador da Indonésia na França em 17 de fevereiro e a presidente Dilma Rousseff não recebeu as credenciais do embaixador indonésio.
O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, condenado à morte por entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf, está preso na Indonésia desde 2004 e sua família tenta provar às autoridades que sofre de esquizofrenia para evitar o fuzilamento, com a transferência para um centro psiquiátrico.
Um tribunal indonésio irá analisar na próxima semana um apelo formalizado por dois australianos condenados à morte por tráfico de drogas e cuja execução é iminente, informou neste domingo um de seus advogados.
Em princípio, Andrew Chan e Myuran Sukumaran, condenados à pena capital em 2006 por comandarem uma rede de tráfico de heroína entre Indonésia e Austrália, tinha esgotado todas as vias legais.
O presidente indonésio Joko Widodo recusou o pedido de perdão e os dois condenados foram recentemente transferidos para a ilha de Nusakambangan, o que significa que a execução é iminente.
Seus advogados, no entanto, tentaram um último recurso para evitar o pelotão de fuzilamento acionando um tribunal administrativo, ante o qual contestam a rejeição presidencial do pedido de perdão.
"A razão evocada para a rejeição do pedido de perdão não está claro", declarou à AFP o advogado James Doly.
No sábado, o presidente Joko Widodo justificou sua decisão de manter a pena de morte aos estrangeiros condenados por tráfico de drogas, entres eles o brasileiro Rodrigo Gularte, convidando os críticos a levar em conta os prejuízos causados pelas drogas em seu país.
"Não prestem unicamente atenção aos traficantes, mas também ao impacto do tráfico de drogas", declarou o presidente à Al-Jazeera.
"Visitem, por favor, os centros de desintoxicação, onde (os viciados) gritam por causa de seu vício. Temos que ver as coisas de ambos os lados", acrescentou Widodo, observando que 4,5 milhões de indonésios devem receber tratamento contra o vício.
Pela primeira vez desde 2013, seis condenados à morte, entre os quais o brasileiro Marco Archer, foram executados nos dias 17 e 18 de janeiro na Indonésia.
Desta vez, os dois australianos estão entre os 10 condenados à morte que serão fuzilados em breve, um grupo que inclui réus do Brasil, França, Filipinas, Nigéria e Gana.
Assim como a Austrália, Brasil e França intensificaram a pressão sobre Jacarta. Paris convocou o embaixador da Indonésia na França em 17 de fevereiro e a presidente Dilma Rousseff não recebeu as credenciais do embaixador indonésio.
O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, condenado à morte por entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf, está preso na Indonésia desde 2004 e sua família tenta provar às autoridades que sofre de esquizofrenia para evitar o fuzilamento, com a transferência para um centro psiquiátrico.