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Indonésia condena dois por tragédia em estádio de futebol que deixou 135 mortos

Incidente ocorreu em outubro do ano passado em um estádio de Malang, depois que a polícia disparou gás lacrimogêneo contra arquibancadas lotadas

Tênis que restaram após tragédia em estádio de futebol: Indonésia condena organizador e o oficial de segurança da partida (JUNI KRISWANTO/Getty Images)

Tênis que restaram após tragédia em estádio de futebol: Indonésia condena organizador e o oficial de segurança da partida (JUNI KRISWANTO/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 9 de março de 2023 às 08h37.

Um tribunal indonésio condenou nesta quinta-feira o organizador e o oficial de segurança da partida de futebol que acabou com a morte de 135 pessoas após um tumulto generalizado. O incidente ocorreu em outubro do ano passado, em um estádio de Malang, depois que a polícia disparou gás lacrimogêneo contra arquibancadas lotadas de torcedores para conter uma tentativa de invasão do campo.

Centenas de pessoas fugiram para as estreitas faixas de saída, provocando uma debandada que terminou com a morte de 135 participantes. Abdul Haris, o organizador do jogo, foi considerado culpado de negligência e condenado a 18 meses de prisão, muito menos do que os seis anos e oito meses que a promotoria pedia.

"Eu condeno o réu a um ano e meio de prisão", disse o juiz Abu Achmad Sidqi Amsya, presidente do tribunal da cidade de Surabaya, na primeira sentença da justiça indonésia sobre esta tragédia.

Os juízes também condenaram o segurança Suko Sutrisno a um ano de prisão por negligência.

"O arguido não previu o caos porque nunca houve uma situação de emergência antes. O arguido também não compreendeu bem o seu trabalho como oficial de segurança", argumentou o presidente do tribunal.

Os dois homens têm sete dias para recorrer da decisão. Há três policiais também acusados no incidente que aguardam sentença. O ex-diretor da empresa que administra a divisão principal da Indonésia também é listado como suspeito e está sob investigação policial.

A polícia descreveu a invasão de campo em 1º de outubro como um motim, no qual dois policiais também foram mortos. No entanto, os sobreviventes acusam as forças de segurança de usar força excessiva.

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