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Indonésia aumenta nível de alerta para vulcão que provocou tsunami

A catástrofe de sábado foi provocada por uma erupção de vulcão, que gerou uma avalanche submarina deslocamento de massas de água

Indonésia: homem caminha pelos destroços da sua casa (Jorge Silva/Reuters)

Indonésia: homem caminha pelos destroços da sua casa (Jorge Silva/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 06h43.

O governo da Indonésia elevou nesta quinta-feira o nível de alerta para o vulcão que provocou um tsunami no Estreito de Sunda, cuja atividade pode, segundo os cientistas, gerar uma nova onda letal.

As autoridades também ampliaram a cinco quilômetros o raio da zona proibida ao redor do vulcão Anak Krakatoa, o "filho" do lendário Krakatoa. Os habitantes receberam ordens para que permaneçam afastados do litoral, após o tsunami que atingiu no sábado à noite as costas do estreito, entre as ilhas de Sumatra e Java.

De acordo com os cientistas, a catástrofe de sábado foi provocada por uma erupção moderada do Anak Krakatoa, que gerou uma avalanche submarina de parte do vulcão e o deslocamento de grandes massas de água.

O balanço mais recente da tragédia registra 430 mortos, 1.495 feridos e 159 desaparecidos

Anak Krakatoa, um dos 127 vulcões ativos da Indonésia, é uma pequena ilha vulcânica que surgiu no oceano meio século depois da letal erupção do vulcão Krakatoa em 1883.

Naquela ocasião, uma coluna de cinzas, pedras e fumaça foi expelida a mais de 20 km de altura, o que deixou a região no escuro e provocou um grande tsunami, com repercussões em todo mundo. A catástrofe deixou mais de 36.000 mortos.

Nesta quinta-feira, o Anak continuava expelindo nuvens de cinzas, o que aumenta o risco para os barcos nas imediações.

As autoridades aumentaram o nível de alerta do vulcão para "elevado", ou seja, o segundo grau mais importante. A aviação civil recomendou que todos os voos evitem a região.

"Aumentamos o nível de alerta após uma mudança nas características da erupção", declarou à AFP um dos diretores do Observatório do Krakatoa, Kus Hendratno.

"Isto me preocupa", declarou Ugi Sugiarti, cozinheiro do hotel Augusta, de Carita, uma das cidades mais afetadas pelo tsunami.

Sugiarti e outras 22.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas após o tsunami e permanecem em refúgios de emergência.

A Indonésia, uma das áreas mais propensas a sofrer catástrofes no planeta, fica no Círculo de Fogo do Pacífico, onde se encontram placas tectônicas e que registra grande parte das erupções vulcânicas e terremotos do planeta.

Em 26 de dezembro de 2004, um tsunami provocado por um terremoto no fundo do mar de 9,3 graus de magnitude, na costa de Sumatra, Indonésia, provocou a morte de 220.000 pessoas em vários países do Oceano Índico, 168.000 delas na Indonésia.

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