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Incidentes na embaixada israelense no Egito matam 3 e deixam 1.049 feridos

Essam Sharaf, primeiro-ministro egípcio, convocou, neste sábado, reunião para discutir a situação interna da região

Essam Sharaf, primeiro-ministro egípcio, presidiu reunião para revisar a situação interna do país (Alexander Joe/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2011 às 11h32.

Cairo - Pelo menos três pessoas morreram e 1.049 ficaram feridas durante os choques entre manifestantes e as forças de segurança na noite de sexta-feira nos arredores da embaixada de Israel no Cairo, segundo a última apuração da agência de notícia estatal egípcia, "Mena".

A agência, que cita um responsável do Ministério da Saúde, não precisou a causa das mortes, enquanto fontes das forças de segurança assinalaram à Agência Efe que duas mortes foram causadas por ataques cardíacos.

Anteriormente, "Mena" tinha falado de uma morte por ataque de coração e 837 feridos durante os incidentes junto à legação diplomática, onde, segundo a Agência Efe pôde constatar, centenas de manifestantes continuam reunidos neste sábado no meio de um forte desdobramento de segurança, embora já não se registrem choques.

Cerca de 20 militares, apoiados por quatro carros de combate, estão a postos na entrada do local, enquanto os manifestantes cantam palavras de ordem contra Israel.

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A rua onde se encontra a embaixada, no lado oeste do Nilo, voltou a ser aberta ao trânsito, apesar de ainda ter sinais da batalha da noite de sexta-feira, onde pneus e carros foram incendiados.

Muitos manifestantes dormem nos portais dos edifícios adjacentes ao da legação. Um dos ali presentes, Ahmad Saber, explicou à Efe que voltou ao local porque não aceita a presença israelense no Egito.

"Queremos acabar com a relação entre os dois países, a saída do embaixador (israelense) foi um primeiro passo, mas não vamos parar até que se cortem as relações totalmente", assinalou Saber.

De acordo com o manifestante, quem começou o choque na noite anterior foi as forças de segurança não foram eles, mas gente alheia ao protesto que chegou para provocar.


Enquanto isso, o primeiro-ministro egípcio, Essam Sharaf, presidiu neste sábado uma reunião do gabinete de crise para revisar a situação interna após os fatos na noite de sexta-feira e a saída do país do embaixador israelense, Yitzhak Levanon, revelou "Mena".

A agência egípcia destacou que a reunião se centrou no episódio da embaixada israelense, a tentativa de invadirem a sede da Direção de Segurança de Giza, vizinha à legação diplomática, e "a agressão à sede do Ministério do Interior".

Egito lutou contra Israel em quatro guerras - 1948, 1956, 1967 e 1973 -, que culminaram com um tratado de paz assinado em Washington em 26 de março de 1979 pelo então presidente egípcio, Anwar al Sadat, e o primeiro-ministro israelense, Menachem Begin, e o americano, Jimmy Carter

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