Homem tenta salvar pertences de sua casa tomada por chamas, em 9 de outubro de 2017.
Vanessa Barbosa
Publicado em 10 de outubro de 2017 às 12h19.
Última atualização em 10 de outubro de 2017 às 12h22.
São Paulo - Uma série de violentos incêndios florestais no norte da Califórnia levou a óbito ao menos 11 pessoas e destruiu mais de 1,5 mil construções. Cerca de 100 pessoas seguem internadas para tratamento de lesões relacionadas ao fogo, incluindo queimaduras, inalação de fumaça e falta de ar.
Alimentadas pelos fortes ventos e o clima quente e seco, as chamas avançam principalmente sobre as tradicionais regiões vinícolas do estado americano, como Napa, Sonoma e Mendocino, causando prejuízos à produção. Ao todo, 11 áreas estão em estado de emergência, obrigando mais de 20 mil pessoas a deixarem suas casas.
As chamas já destruíram mais de 40 mil hectares de terra até a manhã desta terça-feira, no que as autoridades consideram ser uma série de incêndios "sem precedentes".
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"Em geral temos vários incêndios acontecendo, mas a maioria desses começaram em torno do mesmo período de tempo, na mesma hora da noite - é sem precedentes", disse Amy Head, porta-voz da Cal Fire, agência estatal responsável pela ações de combate a incêndios, ao The Guardian.
"Eu odeio usar essa palavra, porque ela tem sido usada demais ultimamente por causa da frequência de incêndios nos últimos anos, mas é verdade, tem havido muita destruição".
Os incêndios florestais são uma ameaça antiga e frequente para a Califórnia, e deverão aumentar à medida que as temperaturas globais sobem.
Longos períodos de calor fazem com que a vegetação se torne seca e inflamável, ficando mais vulnerável a raios, combustão espontânea ou incêndios deliberadamente provocados por pessoas.