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Imprensa egípcia comemora "vitória legítima do povo"

O exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi, após as manifestações que exigiam sua renúncia

Jovens egípcios comemoram a queda do presidente Mohamed Mursi no Cairo (AFP / Khaled Desouki)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 07h36.

Cairo - A imprensa egípcia, com exceção do jornal da Irmandade Muçulmana, comemora nesta quinta-feira a vitória "legítima" do povo, depois que o exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi , após as manifestações que exigiam sua renúncia.

"Vitória para a legitimidade popular", afirma o jornal Al-Gomhuria, com fotos na primeira página do comandante do exército e novo homem forte do país, o general Abdel Fatah al-Sissi, e da multidão de manifestantes anti-Mursi na praça Tahrir do Cairo.

"O presidente, expulso pela legitimidade popular", destaca o jornal Al-Ahram.

A imprensa independente citou a "vitória do exército e do povo" (Al Shoruq), enquanto o jornal Al-Masry Al-Yum afirmou que o "Egito está de volta".

O jornal do Partido da Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, movimento de Mursi, optou por não mencionar a derrubada do chefe de Estado e publicou na primeira página um artigo sobre as manifestações islamitas "de apoio à legitimidade" do presidente.

Em Israel, o governo decidiu manter silêncio sobre a queda do presidente islamita egípcio.

Segundo a imprensa, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu aos ministros que não comentem a crise no Egito, país com o qual Israel assinou um tratado de paz em 1979.


"O governo acompanha muito de perto a situação no Egito, mas não faz prognósticos", disse uma fonte israelense que pediu anonimato.

Na Rússia, o presidente da comissão das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Alexei Pushkov, afirmou que a queda de Mursi demonstra que a primavera árabe levou apenas o caos e que a democracia não funciona nos países não ocidentais.

"A primavera árabe não trouxe democracia, e sim o caos. Podemos constatar no Egito, Líbia, Síria e Irã", declarou Pushkov.

"Os acontecimentos no Egito demonstram que não existe transição rápida e tranquila de um regime autoritário a uma democracia", completou.

"Isto quer dizer que a democracia não é uma panaceia e não funciona nos países que não integram o mundo ocidental", disse.

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Cairo - A imprensa egípcia, com exceção do jornal da Irmandade Muçulmana, comemora nesta quinta-feira a vitória "legítima" do povo, depois que o exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi , após as manifestações que exigiam sua renúncia.

"Vitória para a legitimidade popular", afirma o jornal Al-Gomhuria, com fotos na primeira página do comandante do exército e novo homem forte do país, o general Abdel Fatah al-Sissi, e da multidão de manifestantes anti-Mursi na praça Tahrir do Cairo.

"O presidente, expulso pela legitimidade popular", destaca o jornal Al-Ahram.

A imprensa independente citou a "vitória do exército e do povo" (Al Shoruq), enquanto o jornal Al-Masry Al-Yum afirmou que o "Egito está de volta".

O jornal do Partido da Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, movimento de Mursi, optou por não mencionar a derrubada do chefe de Estado e publicou na primeira página um artigo sobre as manifestações islamitas "de apoio à legitimidade" do presidente.

Em Israel, o governo decidiu manter silêncio sobre a queda do presidente islamita egípcio.

Segundo a imprensa, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pediu aos ministros que não comentem a crise no Egito, país com o qual Israel assinou um tratado de paz em 1979.


"O governo acompanha muito de perto a situação no Egito, mas não faz prognósticos", disse uma fonte israelense que pediu anonimato.

Na Rússia, o presidente da comissão das Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Alexei Pushkov, afirmou que a queda de Mursi demonstra que a primavera árabe levou apenas o caos e que a democracia não funciona nos países não ocidentais.

"A primavera árabe não trouxe democracia, e sim o caos. Podemos constatar no Egito, Líbia, Síria e Irã", declarou Pushkov.

"Os acontecimentos no Egito demonstram que não existe transição rápida e tranquila de um regime autoritário a uma democracia", completou.

"Isto quer dizer que a democracia não é uma panaceia e não funciona nos países que não integram o mundo ocidental", disse.

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