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Imigrantes sem documentos trabalharão em convenção democrata

Hillary espera atrair os eleitores latinos às urnas no dia 8 de novembro para fortalecer suas chances contra Trump

Democrata: Hillary espera atrair os eleitores latinos às urnas no dia 8 de novembro para fortalecer suas chances contra Trump (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2016 às 09h12.

Nova York - O Partido Democrata dos Estados Unidos selecionou imigrantes sem documentos para trabalhar na convenção nacional da legenda da semana que vem, na tentativa de enfatizar a enorme diferença entre Hillary Clinton e seu rival republicano na corrida pela Casa Branca, Donald Trump, na abordagem da imigração.

Hillary espera atrair os eleitores latinos às urnas no dia 8 de novembro para fortalecer suas chances contra Trump, que em sua campanha tem prometido reprimir a imigração ilegal construindo um muro na fronteira dos EUA com o México e deportando milhões de estrangeiros em situação irregular se for eleito.

"Nossa nação é uma nação de imigrantes que acredita na inclusão, e é exatamente para isso que iremos continuar a trabalhar", disse Leah Daughtry, executiva-chefe do comitê organizador da convenção na Filadélfia entre os dias 25 e 28 de julho.

"As vozes dos corajosos jovens sem documentos de nossa nação será ouvida em alto e bom som", acrescentou. Entre os escolhidos estão dois membros dos comitês de credenciais e de plataformas políticas da convenção, assim como vários oradores. As funções não são remuneradas, disseram autoridades.

A campanha de Trump, que vem argumentando que a imigração descontrolada prejudica os trabalhadores norte-americanos e mina a segurança nacional, criticou a medida.

"Aparentemente, falar na convenção de Hillary Clinton é só mais um emprego que Hillary Clinton acredita que os norte-americanos não aceitam", afirmou um assessor da campanha do republicano em um comunicado por e-mail.

"Ela deveria ter convidado norte-americanos desempregados ao invés disso, ou vítimas de crime, ou agentes da lei".

As seleções são legais por causa de um "programa de ação deferida" adotado pelo governo do presidente dos EUA, Barack Obama, que adia as deportações e oferece vistos de trabalho para alguns imigrantes levados ao país ainda crianças.

No mês passado a Suprema Corte bloqueou os esforços para ampliar estas proteções. As indicações marcam a primeira vez em que a convenção de um grande partido dos EUA conta com tantos funcionários ilegais em suas fileiras.

Embora tenha havido um orador sem documentos na convenção democrata de 2012, anteriormente a legenda não verificava a situação legal dos membros de seus comitês.

"Muda toda a conversa quando você tem alguém afetado diretamente na mesa", disse Cesar Vargas, imigrante mexicano escolhido para integrar o comitê de plataformas políticas do partido.

Hillary já conta com o apoio majoritário das minorias – cerca de 70 por cento a apóiam, segundo uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos.

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Nova York - O Partido Democrata dos Estados Unidos selecionou imigrantes sem documentos para trabalhar na convenção nacional da legenda da semana que vem, na tentativa de enfatizar a enorme diferença entre Hillary Clinton e seu rival republicano na corrida pela Casa Branca, Donald Trump, na abordagem da imigração.

Hillary espera atrair os eleitores latinos às urnas no dia 8 de novembro para fortalecer suas chances contra Trump, que em sua campanha tem prometido reprimir a imigração ilegal construindo um muro na fronteira dos EUA com o México e deportando milhões de estrangeiros em situação irregular se for eleito.

"Nossa nação é uma nação de imigrantes que acredita na inclusão, e é exatamente para isso que iremos continuar a trabalhar", disse Leah Daughtry, executiva-chefe do comitê organizador da convenção na Filadélfia entre os dias 25 e 28 de julho.

"As vozes dos corajosos jovens sem documentos de nossa nação será ouvida em alto e bom som", acrescentou. Entre os escolhidos estão dois membros dos comitês de credenciais e de plataformas políticas da convenção, assim como vários oradores. As funções não são remuneradas, disseram autoridades.

A campanha de Trump, que vem argumentando que a imigração descontrolada prejudica os trabalhadores norte-americanos e mina a segurança nacional, criticou a medida.

"Aparentemente, falar na convenção de Hillary Clinton é só mais um emprego que Hillary Clinton acredita que os norte-americanos não aceitam", afirmou um assessor da campanha do republicano em um comunicado por e-mail.

"Ela deveria ter convidado norte-americanos desempregados ao invés disso, ou vítimas de crime, ou agentes da lei".

As seleções são legais por causa de um "programa de ação deferida" adotado pelo governo do presidente dos EUA, Barack Obama, que adia as deportações e oferece vistos de trabalho para alguns imigrantes levados ao país ainda crianças.

No mês passado a Suprema Corte bloqueou os esforços para ampliar estas proteções. As indicações marcam a primeira vez em que a convenção de um grande partido dos EUA conta com tantos funcionários ilegais em suas fileiras.

Embora tenha havido um orador sem documentos na convenção democrata de 2012, anteriormente a legenda não verificava a situação legal dos membros de seus comitês.

"Muda toda a conversa quando você tem alguém afetado diretamente na mesa", disse Cesar Vargas, imigrante mexicano escolhido para integrar o comitê de plataformas políticas do partido.

Hillary já conta com o apoio majoritário das minorias – cerca de 70 por cento a apóiam, segundo uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos.

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