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imigrantes acusam polícia de fronteira dos EUA de abuso

Ativistas entraram com uma ação alegando que mais de 100 crianças sofreram abusos sistemáticos de agentes

Imigrantes no departamento de Imigração dos Estados Unidos em Phoenix, Arizona (Samantha Sais/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 20h26.

 Phoenix - Ativistas pró-imigrantes entraram com uma ação no governo dos <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/estados-unidos">Estados Unidos </a></strong>nesta quarta-feira alegando que mais de 100 crianças imigrantes desacompanhadas sofreram <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/abuso-sexual">abusos </a></strong>sistemáticos de agentes da Proteção de Fronteiras e Alfândegas do país.</p> 

A ação, dirigida ao Departamento de Segurança Interna por uma coalizão de grupos, afirma que 116 jovens sofreram abusos sexuais e espancamentos, não receberam tratamento médico nem água e alimentação suficientes.

O processo vem à tona em meio a um aumento no número de crianças que tentam entrar nos EUA vindas principalmente de países da América Central na esperança de se reunir a parentes que já estão no país.

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De acordo com a queixa, as supostas violações aconteceram no Texas e no Arizona, e a idade dos jovens varia entre cinco e 17 anos, sendo a maioria deles oriunda da América Central e do México.

“Depois de completar uma viagem perigosa até os EUA, muitos são sujeitos a várias formas de abuso, assédio e outros danos nas mãos da polícia de fronteira”, afirma a ação. “As crianças relataram ter ficado detidas em celas insalubres, superlotadas e gélidas”.

O porta-voz da Proteção de Fronteiras e Alfândegas, Michael Friel, disse que maus tratos e má conduta não são tolerados e que as autoridades fizeram mais que o exigido para garantir as necessidades de crianças imigrantes desacompanhadas.

“Em face do número alarmante de crianças desacompanhadas cruzando a fronteira no sul do Texas, os agentes da polícia de fronteira adotaram medidas extraordinárias para cuidar destas crianças enquanto estão sob custódia e para manter a segurança em instalações superlotadas”, declarou Friel.

O processo foi iniciado dois dias depois de o governo designar uma terceira base militar como alojamento emergencial para crianças imigrantes ilegais.

Os grupos pró-imigrantes que entraram com a ação pressionam por uma reforma política para proporcionar aos estimados 11 milhões de imigrantes sem documentos no país uma maneira de adquirir a cidadania norte-americana.

Shawn Moran, vice-presidente do Conselho da Polícia Nacional de Fronteira, que representa 17 mil agentes e funcionários, afirmou que “a grande maioria destas alegações se mostra infundada, ou uma tentativa pouco sutil de atrasar processos”.

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