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Imigração é crucial para relacionamento com UE, diz Cameron

Cameron disse a líderes da UE que futuro das relações da Grã-Bretanha com o bloco depende da vontade da UE de permitir restrições ao movimento de trabalhadores

David Cameron: Cameron disse esperar que o Reino Unido mantenha uma relação o mais próxima possível nas áreas política e econômica com o continente (Stefan Wermuth / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2016 às 21h43.

Bruxelas - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, de saída do cargo, disse a líderes da União Europeia nesta terça-feira que o futuro das relações da Grã-Bretanha com o bloco depende da vontade da UE de permitir restrições ao movimento de trabalhadores, após um referendo na semana passada ter aprovado a saída do Reino Unido do grupo de países europeus.

Cameron, que anunciou sua renúncia após perder o referendo sobre a permanência britânica na UE, disse - na sua possível última cúpula frente ao bloco de 28 nações - esperar que o Reino Unido mantenha uma relação o mais próxima possível nas áreas política e econômica com o continente.

“A mensagem do primeiro-ministro nesta noite é que o crucial para se ficar próximo será a necessidade de encaminhar a questão do livre movimento”, disse uma fonte do governo britânico.

Outras autoridades da UE deixaram claro que o acesso contínuo ao mercado único europeu, incluindo para o amplo setor de serviços financeiros britânico, dependerá de sua aceitação das chamadas quatro liberdades de movimentação -de bens, de capital, de serviços e de pessoas.

Após três horas de conversas em um jantar em Bruxelas, o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, um aliado próximo da Grã-Bretanha, tuitou que essa havia sido uma cúpula “construtiva”: “O Reino Unido precisa de um espaço para respirar e decidir o relacionamento que quer negociar.”

Com um discurso polido para outras autoridades, Cameron anteriormente chegou a publicamente mostrar irritação, pena e desdém por alguns líderes e legisladores da UE que o pressionaram para dar uma rápida sinalização da intenção do Reino Unido de deixar o bloco após o referendo.

Antes de chegar a Bruxelas para uma cúpula dominada pelo chamado “Brexit”, o Parlamento Europeu adotou uma resolução não-vinculativa exigindo que Londres ativasse a cláusula de saída do tratado da UE assim que possível.

Isso lançaria negociações para os termos de saída, com uma contagem regressiva de dois anos.

“Esperar por diversos meses, como foi anunciado por você, primeiro-ministro Cameron, e manter refém o destino de todo o nosso continente por conta de motivações político-partidárias internas seria totalmente inaceitável”, disse o presidente do parlamento europeu, Martin Schulz, ao líder britânico durante a cúpula.

“Isso não significaria estabilidade -pelo contrário, significaria prolongada incerteza”, disse o alemão, resumindo os temores de muitos parceiros da UE.  Pela primeira vez, os outros 27 líderes do bloco realizarão uma reunião na quarta-feira para discutir sobre como lidar com saída da Grã-Bretanha, país-membro desde 1973, e como levar para frente a UE.

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Bruxelas - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, de saída do cargo, disse a líderes da União Europeia nesta terça-feira que o futuro das relações da Grã-Bretanha com o bloco depende da vontade da UE de permitir restrições ao movimento de trabalhadores, após um referendo na semana passada ter aprovado a saída do Reino Unido do grupo de países europeus.

Cameron, que anunciou sua renúncia após perder o referendo sobre a permanência britânica na UE, disse - na sua possível última cúpula frente ao bloco de 28 nações - esperar que o Reino Unido mantenha uma relação o mais próxima possível nas áreas política e econômica com o continente.

“A mensagem do primeiro-ministro nesta noite é que o crucial para se ficar próximo será a necessidade de encaminhar a questão do livre movimento”, disse uma fonte do governo britânico.

Outras autoridades da UE deixaram claro que o acesso contínuo ao mercado único europeu, incluindo para o amplo setor de serviços financeiros britânico, dependerá de sua aceitação das chamadas quatro liberdades de movimentação -de bens, de capital, de serviços e de pessoas.

Após três horas de conversas em um jantar em Bruxelas, o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, um aliado próximo da Grã-Bretanha, tuitou que essa havia sido uma cúpula “construtiva”: “O Reino Unido precisa de um espaço para respirar e decidir o relacionamento que quer negociar.”

Com um discurso polido para outras autoridades, Cameron anteriormente chegou a publicamente mostrar irritação, pena e desdém por alguns líderes e legisladores da UE que o pressionaram para dar uma rápida sinalização da intenção do Reino Unido de deixar o bloco após o referendo.

Antes de chegar a Bruxelas para uma cúpula dominada pelo chamado “Brexit”, o Parlamento Europeu adotou uma resolução não-vinculativa exigindo que Londres ativasse a cláusula de saída do tratado da UE assim que possível.

Isso lançaria negociações para os termos de saída, com uma contagem regressiva de dois anos.

“Esperar por diversos meses, como foi anunciado por você, primeiro-ministro Cameron, e manter refém o destino de todo o nosso continente por conta de motivações político-partidárias internas seria totalmente inaceitável”, disse o presidente do parlamento europeu, Martin Schulz, ao líder britânico durante a cúpula.

“Isso não significaria estabilidade -pelo contrário, significaria prolongada incerteza”, disse o alemão, resumindo os temores de muitos parceiros da UE.  Pela primeira vez, os outros 27 líderes do bloco realizarão uma reunião na quarta-feira para discutir sobre como lidar com saída da Grã-Bretanha, país-membro desde 1973, e como levar para frente a UE.

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