Barak Obama: o presidente americano vai visitar Brasil, Chile e El Salvador (Mark Wilson/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2011 às 16h51.
Santiago - A imagem positiva dos Estados Unidos entre os latino-americanos caiu até os 73% em 2010, um ponto a menos que o registrado no ano anterior, quando a chegada de Barack Obama à Casa Branca disparou a popularidade desse país, segundo dados do Latinobarometro divulgados nesta quinta-feira no Chile.
Segundo a diretora do Latinobarometro, Marta Lagos, a vitória eleitoral de Obama no final de 2008 aumentou a percepção positiva dos Estados Unidos na América Latina pelas expectativas de mudança que surgiram entre os cidadãos quanto a relação com a região.
No entanto, depois de dois anos da Administração de Obama, a imagem dos Estados Unidos sofre um leve retrocesso que, para Lagos, é "um castigo ao presidente pelas expectativas não cumpridas".
O Latinobarometro divulgou a pesquisa por ocasião da viagem que Obama iniciará nesta sexta-feira pelo Brasil, Chile e El Salvador, a primeira pela região.
Com mais de 20 mil entrevistas em 18 países latino-americanos, os números mostram o impacto positivo na imagem dos Estados Unidos que teve a chegada de Obama, embora este apoio "não seja incondicional".
"A primeira visita do presidente Obama à região pode ser um ponto de mudança a respeito da maneira como os Estados Unidos tratam os países", sustentou a diretora do Latinobarometro.
Os países com uma opinião mais positiva dos Estados Unidos são República Dominicana (92%), El Salvador (87%) e Equador (83%), enquanto no lado oposto estão México (53%), Argentina (59%) e Bolívia (59%).
Também caiu um ponto em 2010 a percepção positiva que os cidadãos têm da relação entre seu país e os Estados Unidos, que se situou em 72%.
Esta porcentagem esconde, no entanto, grandes diferenças entre os países. Na Bolívia, por exemplo, a percepção de uma boa relação com os Estados Unidos caiu de 42% em 2009 para 26% no ano passado, e na Venezuela de 32% para 23%.
Essa percepção é bastante elevada no Chile (91%), Brasil (83%) e El Salvador (85%), os três países que o presidente americano visitará.