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Imã acusa menina por queimar páginas com versos do Alcorão

Rimsha, de entre 11 e 16 anos, segundo as fontes, foi detida há oito dias depois de ter sido acusada de blasfêmia por muçulmanos de Mehrabad

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 15h49.

Islamabad - O imã que entregou à polícia a jovem cristã paquistanesa detida por suposta blasfêmia acusou-a nesta sexta-feira de ter queimado intencionalmente páginas que continham versículos do Alcorão para provocar os muçulmanos do bairro.

Rimsha, de entre 11 e 16 anos, segundo as fontes, foi detida há oito dias depois de ter sido acusada de blasfêmia por muçulmanos de Mehrabad, bairro popular da periferia da capital, Islamabad. Ela está detida em uma prisão para menores da vizinha cidade de Rawalpindi.

A jovem teria queimado, segundo seus acusadores, junto com outros papéis algumas páginas do "Noorani Qaida", um manual de introdução ao Alcorão destinado às crianças, no qual estão escritos versículos em árabe, a língua do texto sagrado do islã.

Algumas fontes ligadas à comunidade cristã indicaram que a menina sofria de síndrome de Down, informação até agora não confirmada pelas autoridades, e que, portanto, não tinha consciência de seu gesto.

"É uma menina normal, não tem um problema de saúde mental. Ela sabia o que estava fazendo, é um gesto deliberado, não um erro... Ela não é inocente", declarou à AFP Hafiz Mohamed Jalid Chishti, imã da mesquita de Mehrabad, a mais próxima da casa da família de Rimsha.

O imã assegurou, no entanto, que pediu para a polícia deter Rimsha para protegê-la dos vizinhos furiosos e agressivos com o objetivo de realizar uma investigação.

Uma fonte policial próxima à investigação indicou nesta sexta-feira à AFP que a jovem deve comparecer pela primeira vez perante a justiça em 31 de agosto, e não neste sábado, como foi anunciado anteriormente.

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Rimsha, de entre 11 e 16 anos, segundo as fontes, foi detida há oito dias depois de ter sido acusada de blasfêmia por muçulmanos de Mehrabad, bairro popular da periferia da capital, Islamabad. Ela está detida em uma prisão para menores da vizinha cidade de Rawalpindi.

A jovem teria queimado, segundo seus acusadores, junto com outros papéis algumas páginas do "Noorani Qaida", um manual de introdução ao Alcorão destinado às crianças, no qual estão escritos versículos em árabe, a língua do texto sagrado do islã.

Algumas fontes ligadas à comunidade cristã indicaram que a menina sofria de síndrome de Down, informação até agora não confirmada pelas autoridades, e que, portanto, não tinha consciência de seu gesto.

"É uma menina normal, não tem um problema de saúde mental. Ela sabia o que estava fazendo, é um gesto deliberado, não um erro... Ela não é inocente", declarou à AFP Hafiz Mohamed Jalid Chishti, imã da mesquita de Mehrabad, a mais próxima da casa da família de Rimsha.

O imã assegurou, no entanto, que pediu para a polícia deter Rimsha para protegê-la dos vizinhos furiosos e agressivos com o objetivo de realizar uma investigação.

Uma fonte policial próxima à investigação indicou nesta sexta-feira à AFP que a jovem deve comparecer pela primeira vez perante a justiça em 31 de agosto, e não neste sábado, como foi anunciado anteriormente.

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