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Igrejas cristãs cancelam atividades no Egito por segurança

Conferências e viagens foram canceladas pela Igreja Copta e pela Igreja Católica até o fim do mês

Religião: desde 2016, o EI reivindicou a autoria de uma série de atentados contra cristãos coptas em diferentes pontos do Egito (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Religião: desde 2016, o EI reivindicou a autoria de uma série de atentados contra cristãos coptas em diferentes pontos do Egito (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de julho de 2017 às 11h28.

Cairo - A Igreja Copta e a Igreja Católica cancelaram todas as conferências atividades culturais e viagens previstas no Egito até o final deste mês por motivos de segurança, informaram à Agência Efe nesta sexta-feira ambas as instituições.

A Igreja Copta Ortodoxa, a da maioria entre os cristãos do país, suspendeu os trabalhos conforme instruções e informações recebidas pelo Ministério do Interior, com o qual está em permanente contato desde os atentados contra catedrais coptas realizados no Domingo de Ramos, de acordo com o porta-voz Boulos Halim.

Ele assegurou que não existe qualquer ameaça concreta de terrorismo que tenha motivado a suspensão das operações e a decisão se deve ao ambiente "geral da segurança" no país. A igreja estudará posteriormente se aumenta o prazo ou se poderá voltar ao normal.

A decisão também foi adotada pela Igreja Católica, mas nesse caso as atividades religiosas dentro dos templos estão mantidos, de acordo com o porta-voz da Igreja Católica no Egito, Rafic Greiche.

Desde dezembro de 2016, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria de uma série de atentados contra cristãos coptas em diferentes pontos do norte e centro do Egito. Centenas de pessoas morreram nessas ações.

Dezenas de famílias cristãs fugiram em fevereiro deste ano da província do Sinai do Norte (nordeste), onde o Wilayat Sina - a filial egípcia do EI - tem sua base, depois que extremistas muçulmanos fizeram vários ataques e ameaças.

Os cristãos coptas representam quase 12% da população do Egito. Os atentados de abril fizeram o governo decretar estado de emergência em todo o país, que já era aplicado no Sinai do Norte desde 2014.

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