Vaticano: o papa Francisco aprovou a resposta (Remo Casilli/Reuters)
Reuters
Publicado em 15 de março de 2021 às 13h29.
Última atualização em 15 de março de 2021 às 18h11.
O Vaticano disse nesta segunda-feira que padres e outros ministros da Igreja Católica não podem abençoar uniões homossexuais, e que tais bênçãos "não são lícitas" se forem realizadas.
A Congregação para a Doutrina da Fé, o organismo doutrinário do Vaticano, emitiu a determinação em resposta a dúvidas e ações de algumas paróquias sobre a concessão de tais bênçãos como um gesto de acolhimento de católicos gays, já que a Igreja não permite o casamento homossexual.
O papa Francisco aprovou a resposta, disse a congregação, acrescentando que ela "não pretende ser uma forma de discriminação injusta, mas antes um lembrete da verdade do rito litúrgico".
Ela ainda disse que tais bênçãos não são permitidas, embora sejam "motivadas por um desejo sincero de acolher e acompanhar pessoas homossexuais" e ajudá-las a crescer na fé.
A nota da congregação disse que, como o casamento entre um homem e uma mulher é um sacramento e bênçãos estão relacionadas ao sacramento do casamento, estas não podem ser estendidas a casais homossexuais.
"Por esta razão, não é lícito administrar uma bênção em relacionamentos ou parcerias, mesmo estáveis, que envolvem atividade sexual fora do casamento [ou seja, fora da união indissolúvel de um homem e uma mulher aberta em si mesma à transmissão da vida], como é o caso das uniões entre pessoas do mesmo sexo."