Mundo

Iêmen tem maior número de crianças mortas e feridas em protestos

Segundo a Unicef, foram pelo menos 26 crianças mortas entre 18 de fevereiro e 28 de março, principalmente por armas de fogo

Protesto da oposição no Iêmen: Unicef pediu que crianças sejam protegidas (Ahmad Gharabli/AFP)

Protesto da oposição no Iêmen: Unicef pediu que crianças sejam protegidas (Ahmad Gharabli/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 09h18.

Genebra - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) declarou nesta terça-feira que o Iêmen tem o maior número confirmado de crianças assassinadas e feridas entre os países onde foram registrados levantes populares contra os regimes autoritários.

Entre 18 de fevereiro e 28 de março, pelo menos 26 crianças foram mortas, principalmente por armas de fogo, detalhou a porta-voz do organismo, Marixie Mercado.

Além disso, "36 crianças ficaram feridas por munição de guerra, 47 sofreram violência física durante os protestos - o que inclui algumas atingidas por paus e pedras - e 663 foram expostas a gás lacrimogêneo", acrescentou a porta-voz.

Marixie afirmou ainda que caso sejam contabilizadas as crianças que morreram na explosão de uma fábrica de armamento que foi ocupada na localidade de Yaar, no final de março, o número de menores mortos sobe para 41.

O Iêmen é considerado o país menos desenvolvido do Oriente Médio e o Unicef considera que os protestos civis que o regime de Ali Saleh tentou sufocar com repressão só infligem mais sofrimento às crianças.

"Reiteramos nosso apelo a todas as partes para que mantenham as crianças fora de perigo e protegidas a todo custo", afirmou a porta-voz.

Acompanhe tudo sobre:IêmenPolíticaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Líder da Câmara dos Representantes anuncia ‘plano C’ contra paralisação do governo dos EUA

Embaixadas de Portugal e Argentina em Kiev são atingidas após ataque russo

Espanha concede asilo a líder oposicionista venezuelano Edmundo González Urrutia

EUA enviam delegação à Síria para discutir a transição com o governo interino