Iêmen anuncia morte de imã radical Anwar al-Awlaqi
O imã havia escapado de um bombardeio americano no Iêmen no início de maio, poucos dias depois de um comando especial dos Estados Unidos ter matado Osama bin Laden
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2011 às 12h06.
Sanaa - O imã radical nascido nos Estados Unidos Anwar al-Awlaqi, vinculado à Al-Qaeda e considerado um inimigo público de Washington como foi Osama Bin Laden, morreu nesta sexta-feira no Iêmen, informaram fontes iemenitas e americanas.
"O dirigente terrorista da Al-Qaeda Anwar al-Awlaqi morreu ao lado de membros desta organização", anunciou o porta-voz do ministério.
A informação foi confirmada por um alto funcionário do governo dos Estados Unidos, que se recusou a revelar detalhes sobre a morte do religioso extremista.
O governo não divulgou as circunstâncias da morte Anwar al-Awlaqi, mas fontes tribais afirmaram à AFP que ele morreu em um bombardeio aéreo executado na manhã desta sexta-feira contra dois veículos que circulavam entre Maarib (ao este de Sanaa) e Juf, província desértica na fronteira com a Arábia Saudita.
"O ataque foi executado por aviões americanos", afirmou uma fonte tribal, que também revelou que a região era sobrevoada há alguns dias por aeronaves não identificadas.
A mesma fonte afirmou que Awlaqi e outras duas pessoas morreram quando seu veículo, uma caminhonete Toyota, foi atingida por um míssil. Um acompanhante, a bordo de um Toyota Land Cruiser, que estava a poucos metros, escapou ileso e divulgou a notícia da morte do imã.
"A morte de Awlaqi constitui um duro golpe para a Al-Qaeda na Península Arábica", afirma em um comunicado o centro americano de vigilância de radicais islâmicos IntelCenter.
Para o centro, a notícia terá um impacto na capacidade de recrutamento e financiamento da organização no Iêmen.
Al-Awlaqi havia escapado de um bombardeio americano no Iêmen no início de maio, poucos dias depois de um comando especial dos Estados Unidos ter matado no Paquistão o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.
O representante republicano Peter King, presidente do comitê de Segurança Interna da Câmara americana, declarou que a morte de Awlaqi representa "um grande êxito na luta contra a Al-Qaeda e seus afiliados".
"Nos últimos anos, Al-Awlaqi se tornou mais perigoso até mesmo do que Osama bin Laden. A morte de Awlaqi é um grande tributo para o presidente (Barack) Obama e para os homens e mulheres de nossa comunidade de inteligência", disse o congressista.
Considerado pelos Estados Unidos como uma ameaça tão grande como Bin Laden, Anwar al-Awlaqi teria mantido, segundo Washington, vínculos com o nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, autor do atentado frustrado de 25 de dezembro de 2009 contra um avião comercial americano.
Al-Awlaqi também é conhecido por ter mantido correspondência com o comandante americano Nidal Hassan, acusado de ter matado 13 pessoas na base de Fort Hood (Texas) em novembro de 2009.
Washington considerava o imã um objetivo a ser eliminado. As autoridades iemenitas tentaram matar Awlaqi em um bombardeio aéreo em 24 de dezembro de 2009 na província de Chabwa, que deixou 34 mortos.
Mas o imã não estava na região no momento do ataque, segundo as forças de segurança.
A morte representa um êxito para os Estados Unidos, assim como para o governo iemenita, no momento em que o presidente Ali Abdullah Saleh luta para permanecer no poder.
O chefe de Estado iemenita, alvo de protestos desde janeiro, não demonstra qualquer intenção de deixar o poder. Ele afirmou na quinta-feira que só renunciaria se a lei proibisse a participação de seus adversários nas eleições.
"Se cedermos o poder e eles permanecerem em suas posições, tomando as decisões, será muito perigoso. Isto conduzirá a uma guerra civil", afirmou em uma entrevista à revista Time e ao jornal Washington Post.
Saleh tem como alvo o general dissidente Ali Mohsen al Ahmar, que aderiu aos protestos populares deflagrados no início do ano, e à poderosa tribo Ahmar.
Na quinta-feira, Saleh recebeu apoio de centenas de religiosos que decidiram, após um seminário, que era ilícito no islã rebelar-se contra as autoridades.
Sanaa - O imã radical nascido nos Estados Unidos Anwar al-Awlaqi, vinculado à Al-Qaeda e considerado um inimigo público de Washington como foi Osama Bin Laden, morreu nesta sexta-feira no Iêmen, informaram fontes iemenitas e americanas.
"O dirigente terrorista da Al-Qaeda Anwar al-Awlaqi morreu ao lado de membros desta organização", anunciou o porta-voz do ministério.
A informação foi confirmada por um alto funcionário do governo dos Estados Unidos, que se recusou a revelar detalhes sobre a morte do religioso extremista.
O governo não divulgou as circunstâncias da morte Anwar al-Awlaqi, mas fontes tribais afirmaram à AFP que ele morreu em um bombardeio aéreo executado na manhã desta sexta-feira contra dois veículos que circulavam entre Maarib (ao este de Sanaa) e Juf, província desértica na fronteira com a Arábia Saudita.
"O ataque foi executado por aviões americanos", afirmou uma fonte tribal, que também revelou que a região era sobrevoada há alguns dias por aeronaves não identificadas.
A mesma fonte afirmou que Awlaqi e outras duas pessoas morreram quando seu veículo, uma caminhonete Toyota, foi atingida por um míssil. Um acompanhante, a bordo de um Toyota Land Cruiser, que estava a poucos metros, escapou ileso e divulgou a notícia da morte do imã.
"A morte de Awlaqi constitui um duro golpe para a Al-Qaeda na Península Arábica", afirma em um comunicado o centro americano de vigilância de radicais islâmicos IntelCenter.
Para o centro, a notícia terá um impacto na capacidade de recrutamento e financiamento da organização no Iêmen.
Al-Awlaqi havia escapado de um bombardeio americano no Iêmen no início de maio, poucos dias depois de um comando especial dos Estados Unidos ter matado no Paquistão o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.
O representante republicano Peter King, presidente do comitê de Segurança Interna da Câmara americana, declarou que a morte de Awlaqi representa "um grande êxito na luta contra a Al-Qaeda e seus afiliados".
"Nos últimos anos, Al-Awlaqi se tornou mais perigoso até mesmo do que Osama bin Laden. A morte de Awlaqi é um grande tributo para o presidente (Barack) Obama e para os homens e mulheres de nossa comunidade de inteligência", disse o congressista.
Considerado pelos Estados Unidos como uma ameaça tão grande como Bin Laden, Anwar al-Awlaqi teria mantido, segundo Washington, vínculos com o nigeriano Umar Faruk Abdulmutallab, autor do atentado frustrado de 25 de dezembro de 2009 contra um avião comercial americano.
Al-Awlaqi também é conhecido por ter mantido correspondência com o comandante americano Nidal Hassan, acusado de ter matado 13 pessoas na base de Fort Hood (Texas) em novembro de 2009.
Washington considerava o imã um objetivo a ser eliminado. As autoridades iemenitas tentaram matar Awlaqi em um bombardeio aéreo em 24 de dezembro de 2009 na província de Chabwa, que deixou 34 mortos.
Mas o imã não estava na região no momento do ataque, segundo as forças de segurança.
A morte representa um êxito para os Estados Unidos, assim como para o governo iemenita, no momento em que o presidente Ali Abdullah Saleh luta para permanecer no poder.
O chefe de Estado iemenita, alvo de protestos desde janeiro, não demonstra qualquer intenção de deixar o poder. Ele afirmou na quinta-feira que só renunciaria se a lei proibisse a participação de seus adversários nas eleições.
"Se cedermos o poder e eles permanecerem em suas posições, tomando as decisões, será muito perigoso. Isto conduzirá a uma guerra civil", afirmou em uma entrevista à revista Time e ao jornal Washington Post.
Saleh tem como alvo o general dissidente Ali Mohsen al Ahmar, que aderiu aos protestos populares deflagrados no início do ano, e à poderosa tribo Ahmar.
Na quinta-feira, Saleh recebeu apoio de centenas de religiosos que decidiram, após um seminário, que era ilícito no islã rebelar-se contra as autoridades.