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Homens e mulheres têm visões diferentes da economia sob Trump

Segundo a pesquisa, 74% dos homens acham que a economia melhorou desde a eleição e 48% das mulheres dizem que houve melhora

Trump: pesquisadores acreditam que a diferença salarial entre homens e mulheres explica algumas das persistentes diferenças de sentimento (Yuri Gripas/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de junho de 2017 às 10h49.

Nova York - Quase oito meses desde a eleição do presidente Donald Trump, uma grande lacuna se abriu entre o modo como homens e mulheres veem o manejo da economia pelo presidente, mostra pesquisa encomendada pelo Wall Street Journal e a rede de televisão NBC.

Segundo o levantamento, 74% dos homens acham que a economia melhorou desde a eleição, em comparação com 25% que dizem que nada mudou, uma diferença de quase 50 pontos porcentuais.

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Confrontadas com a mesma pergunta, 48% das mulheres dizem que a economia melhorou, em comparação com 49% que dizem que não perceberam nenhuma alteração, uma diferença de apenas um ponto porcentual.

A diferença é especialmente acentuada entre mulheres mais jovens. Entre as mulheres de 18 a 49 anos, apenas 39% viram a economia melhorar. E entre as mulheres jovens que viram a economia melhorar, menos da metade atribuiu a mudança a Trump.

Apenas uma parte da lacuna pode ser explicada pelo fato de que as mulheres são mais propensas do que os homens a serem democratas.

As mulheres republicanas eram quatro vezes mais propensas que os republicanos a dizer que a economia não havia melhorado desde as eleições.

Um total de 62% das mulheres democratas, em comparação com 43% dos homens, disseram que a economia não melhorou.

Alguns democratas dizem que a economia melhorou. O mercado de ações subiu desde as eleições e a taxa de desemprego diminuiu. A maioria dos democratas não está inclinada a dar crédito a Trump.

Mas os homens democratas são duas vezes mais propensos a dar a Trump algum crédito do que as mulheres.

Os homens geralmente são um pouco mais otimistas do que as mulheres quando se trata da economia.

A Pesquisa de Consumidores da Universidade de Michigan, conhecida por seu longo índice de sentimento do consumidor, quase sempre encontrou pontuações mais altas para os homens.

Os pesquisadores acreditam que a diferença salarial entre homens e mulheres explica algumas das persistentes diferenças de sentimento.

"Pessoalmente, minha situação financeira não mudou, minha situação de trabalho não mudou", disse Julie Barnes, uma gráfica de 37 anos em Orem, Utah. Ela disse que se preocupa com as consequências da abordagem às vezes impetuosa de Trump.

"Eu acho que ele fará mudanças de políticas que serão boas para os negócios no curto prazo, mas, a longo prazo, ele pode fazer muitos inimigos com nossos amigos e vizinhos internacionais".

A pesquisa encomendada pelo Wall Street Journal e a NBC ouviu 900 adultos e foi realizada de 17 a 20 de junho. A margem de erro foi de mais ou menos 3,27 pontos porcentuais.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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