Mundo

Homens armados atacam hospital em Caracas durante protesto

Dois médicos afirmaram que o ataque ocorreu quando os funcionários do hospital participavam de um ato convocado pela oposição contra a Constituinte

Protestos na Venezuela: o Ministério Público anunciou a abertura de uma investigação pelos danos causados no hospital (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Protestos na Venezuela: o Ministério Público anunciou a abertura de uma investigação pelos danos causados no hospital (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

E

EFE

Publicado em 4 de julho de 2017 às 22h00.

Caracas - Um grupo de homens armados atacou nesta terça-feira um hospital de Caracas durante um protesto da oposição contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ferindo pelo menos cinco pessoas que estavam nos arredores do local.

Dois médicos ouvidos pela Agência Efe afirmaram que o ataque ocorreu quando os funcionários do hospital participavam de um ato convocado pela oposição contra a Assembleia Constituinte promovida por Maduro para mudar a Carta Magna do país.

"Um grupo de homens armados chegou ao hospital e destruiu a clínica, todos os vidros", disse um dos médicos, que sugeriu que os autores eram simpatizantes de Maduro.

A Efe pôde constatar que a porta de entrada do hospital foi quebrada pelos vândalos. Vários dos vidros também foram quebrados.

O Ministério Público anunciou a abertura de uma investigação pelos danos causados às instalações do Hospital Clínico de Caracas.

"De acordo com as informações preliminares, por volta das 13h (14h em Brasília) desta terça-feira, um grupo de pessoas em motocicletas atacaram com objetos contundentes e armas de fogo pessoas que estavam nas adjacências do hospital", explicou o Ministério Público em comunicado.

"No meio dessa situação, eles teriam destruído a fachada do citado hospital", completa a nota.

Vários deputados da oposição também denunciaram o ataque ao protesto contra Maduro. Um dos parlamentares, José Manuel Olivares, atribuiu a ação a "grupos paramilitares". Já o deputado Richard Blanco responsabilizou os "deliquentes da ditadura".

Fotos publicadas por Blanco mostram vidros quebrados e pedaços de outras partes danificadas da fachada do hospital.

As manifestações iniciadas no país em abril já deixaram 91 mortos, segundo dados atualizados divulgados hoje pela procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz.

Acompanhe tudo sobre:ArmasCaracasNicolás MaduroProtestosVenezuela

Mais de Mundo

Legisladores democratas aumentam pressão para que Biden desista da reeleição

Entenda como seria o processo para substituir Joe Biden como candidato democrata

Chefe de campanha admite que Biden perdeu apoio, mas que continuará na disputa eleitoral

Biden anuncia que retomará seus eventos de campanha na próxima semana

Mais na Exame