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Homem é preso nos EUA por ameaçar atirar em quem não usar máscara

A polícia americana escreveu que está ciente de que "esses são tempos difíceis, mas não há desculpas para fazer ameaças como essa"

Flórida: estado tem 24 mil casos de covid-19 e 680 mortes (AFP/AFP)

Flórida: estado tem 24 mil casos de covid-19 e 680 mortes (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de abril de 2020 às 12h51.

Um homem foi preso na Flórida nesta semana porque ameaçou em sua página do Facebook iniciar um tiroteio em um supermercado onde, segundo ele, não havia pessoas suficientes usando máscaras para se proteger do novo coronavírus, confirmou a polícia nesta sexta-feira (17). 

Robert Kovner, 62 anos, escreveu que iria "esvaziar todos os seus cartuchos" em um supermercado da rede Publix porque, segundo ele, as pessoas não estavam usando máscaras protetoras suficientes, informou o gabinete do xerife do condado de Highlands, no centro da Flórida.

"Tenho que atirar nesses idiotas egoístas no estacionamento para transmitir a mensagem?", escreveu Kovner no Facebook, segundo a imprensa local.

A postagem original não estava visível ao público nesta sexta-feira.

 

"Acredite, o vírus não é a única coisa que pode causar sua morte!".

A polícia escreveu que está ciente de que "esses são tempos difíceis, mas não há desculpas para fazer ameaças como essa".

"Não é uma piada. Não é um dia ruim. É um crime. E nós sempre os levaremos a sério e você irá para a prisão", acrescentou.

Um porta-voz da polícia disse à AFP na sexta-feira que o homem foi libertado sob fiança de 30.000 dólares e que suas armas foram confiscadas.

A Flórida é um dos estados com as leis mais brandas em relação à compra e porte de armas, em um país que sofre de uma epidemia de tiroteios em massa e onde o uso de armas de fogo é garantido pela Constituição.

As lojas de armas foram listadas como essenciais e mantidas abertas durante a pandemia, registrando recordes de vendas desde março.

Seguindo as diretrizes do governo federal, a Flórida recomenda que seus moradores usem máscaras para ajudar a retardar a propagação do vírus, mas seu uso não é obrigatório, exceto em cidades como Miami e Miami Beach, cujos prefeitos ordenaram seu uso em espaços fechados.

Nesta sexta-feira, subiu para 24.000 o número de casos da covid-19 e 680 mortes na Flórida.

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