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Homem de 101 anos é resgatado dos escombros no Nepal

Idoso tinha ferimentos leves e foi levado ao hospital; terremoto já deixou 7.200 mortos no país.

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2015 às 11h52.

Katmandu - As equipes de emergência resgataram um idoso de 101 anos com vida dos escombros de sua casa, uma semana depois do terremoto que deixou pelo menos 7.200 mortos no Nepal , um balanço que deve aumentar consideravelmente, segundo o governo.

Funchu Tamang foi resgatado no sábado com ferimentos leves e levado de helicóptero ao hospital do distrito, afirmou à AFP o oficial da polícia local Arun Kumar Singh.

"A situação é estável", disse Singh em Nuwakot, localidade que fica 80 km ao noroeste de Katmandu. "Ele tem ferimentos no tornozelo esquerdo e em uma das mãos. A família está ao seu lado", completou.

A polícia também resgatou três mulheres dos escombros neste domingo em Sindupalchowk, um dos distritos mais afetados pelo terremoto, mas as autoridades não informaram quanto tempo elas permaneceram soterradas. Uma delas foi atingida por um deslizamento de terra e as outras duas estavam presas nos escombros de suas casas.

Os resgates milagrosos após uma semana do terremoto representam uma pequena esperança em um país devastado. O balanço mais recente da tragédia cita 7.250 mortos e 14 mil feridos, mas o número definitivo será muito maior, advertiu o ministro das Finanças nepalês, Ram Sharan Mahat.

"Há vilarejos aos quais ainda não conseguimos chegar, mas sabemos que todas as casas foram destruídas", disse. "Os tremores secundários são constantes e acreditamos que o balanço humano definitivo será muito maior", completou Mahat. Mais de 100 pessoas também morreram na catástrofe na China e na Índia.

Neste domingo, a polícia anunciou a retirada de mais de 50 corpos dos escombros, incluindo seis estrangeiros, na região de Langtang, muito procurada por montanhistas e onde as autoridades temem que outros 100 turistas permanecem desaparecidos.

"Nossa prioridade era resgatar os sobreviventes. Resgatamos 350 pessoas, aproximadamente metade eram turistas ou guias", disse à AFP Uddav Prasad Bhattarai, chefe de polícia do distrito de Rasuwa, ao norte de Katmandu.

O porta-voz do ministério do Interior, Laxmi Prasad Dhakal, explicou que as operações de resgate prosseguem, mas que prioridade é cuidar dos sobreviventes.

Os esforços se concentram especialmente nas localidades mais afastadas, nas regiões mais afetadas pelo terremoto, ao redor do epicentro, a 70 quilômetros da capital.

"Muitos vilarejos remotos foram afetados e centenas de milhares de pessoas dormem nas ruas, entre os escombros, por falta de barracas", disse Dhakal.

Em Katmandu, a coordenadora de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, expressou preocupação com a lentidão do governo nepalês para facilitar a chegada da ajuda humanitária estrangeira.

Trâmites intermináveis

"Estou extremamente preocupada ao ouvir que a alfândega demora tanto tempo para aceitar os pacotes de ajuda", afirmou Amos à AFP. Ela anunciou que pediu ao primeiro-ministro Sushil Koirala uma flexibilização da burocracia. "Ele se comprometeu a fazer isto, espero que possamos constatar a partir de agora uma melhora a nível administrativo", disse Amos.

Aviões com mantimentos e equipamentos de todo o mundo chegam ao pequeno aeroporto de Katmandu há vários dias, mas as ONGs lamentam o que chamam de trâmites intermináveis.

O diretor do aeroporto de Katmandu proibiu o pouso dos aviões de grande porte, com temor de que a pista, possivelmente danificada, não consiga suportar o peso.

"Não autorizaremos o pouso no aeroporto de Katmandu de qualquer avião que supere 196 toneladas", disse Prasad Shrestha à AFP. "Não há fissuras visíveis na pista, mas os tremores secundários são tantos que temos que adotar precauções", completou.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um apelo para a adoção das medidas necessárias para evitar epidemias entre 1,7 milhão de jovens que moram nas áreas mais afetadas, poucas semanas antes do início da temporada de chuvas de monção.

"Os hospitais estão lotados, a água começa a faltar, muitos corpos continuam soterrados sob os escombros e as pessoas continuam dormindo nas ruas. É uma situação perfeita para a proliferação de doenças", advertiu Rownad Khan, funcionário do Unicef.

Quase 160 mil casas foram destruídas e 143 mil afetadas pelo terremoto, segundo o balanço mais recente da ONU.

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Katmandu - As equipes de emergência resgataram um idoso de 101 anos com vida dos escombros de sua casa, uma semana depois do terremoto que deixou pelo menos 7.200 mortos no Nepal , um balanço que deve aumentar consideravelmente, segundo o governo.

Funchu Tamang foi resgatado no sábado com ferimentos leves e levado de helicóptero ao hospital do distrito, afirmou à AFP o oficial da polícia local Arun Kumar Singh.

"A situação é estável", disse Singh em Nuwakot, localidade que fica 80 km ao noroeste de Katmandu. "Ele tem ferimentos no tornozelo esquerdo e em uma das mãos. A família está ao seu lado", completou.

A polícia também resgatou três mulheres dos escombros neste domingo em Sindupalchowk, um dos distritos mais afetados pelo terremoto, mas as autoridades não informaram quanto tempo elas permaneceram soterradas. Uma delas foi atingida por um deslizamento de terra e as outras duas estavam presas nos escombros de suas casas.

Os resgates milagrosos após uma semana do terremoto representam uma pequena esperança em um país devastado. O balanço mais recente da tragédia cita 7.250 mortos e 14 mil feridos, mas o número definitivo será muito maior, advertiu o ministro das Finanças nepalês, Ram Sharan Mahat.

"Há vilarejos aos quais ainda não conseguimos chegar, mas sabemos que todas as casas foram destruídas", disse. "Os tremores secundários são constantes e acreditamos que o balanço humano definitivo será muito maior", completou Mahat. Mais de 100 pessoas também morreram na catástrofe na China e na Índia.

Neste domingo, a polícia anunciou a retirada de mais de 50 corpos dos escombros, incluindo seis estrangeiros, na região de Langtang, muito procurada por montanhistas e onde as autoridades temem que outros 100 turistas permanecem desaparecidos.

"Nossa prioridade era resgatar os sobreviventes. Resgatamos 350 pessoas, aproximadamente metade eram turistas ou guias", disse à AFP Uddav Prasad Bhattarai, chefe de polícia do distrito de Rasuwa, ao norte de Katmandu.

O porta-voz do ministério do Interior, Laxmi Prasad Dhakal, explicou que as operações de resgate prosseguem, mas que prioridade é cuidar dos sobreviventes.

Os esforços se concentram especialmente nas localidades mais afastadas, nas regiões mais afetadas pelo terremoto, ao redor do epicentro, a 70 quilômetros da capital.

"Muitos vilarejos remotos foram afetados e centenas de milhares de pessoas dormem nas ruas, entre os escombros, por falta de barracas", disse Dhakal.

Em Katmandu, a coordenadora de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, expressou preocupação com a lentidão do governo nepalês para facilitar a chegada da ajuda humanitária estrangeira.

Trâmites intermináveis

"Estou extremamente preocupada ao ouvir que a alfândega demora tanto tempo para aceitar os pacotes de ajuda", afirmou Amos à AFP. Ela anunciou que pediu ao primeiro-ministro Sushil Koirala uma flexibilização da burocracia. "Ele se comprometeu a fazer isto, espero que possamos constatar a partir de agora uma melhora a nível administrativo", disse Amos.

Aviões com mantimentos e equipamentos de todo o mundo chegam ao pequeno aeroporto de Katmandu há vários dias, mas as ONGs lamentam o que chamam de trâmites intermináveis.

O diretor do aeroporto de Katmandu proibiu o pouso dos aviões de grande porte, com temor de que a pista, possivelmente danificada, não consiga suportar o peso.

"Não autorizaremos o pouso no aeroporto de Katmandu de qualquer avião que supere 196 toneladas", disse Prasad Shrestha à AFP. "Não há fissuras visíveis na pista, mas os tremores secundários são tantos que temos que adotar precauções", completou.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um apelo para a adoção das medidas necessárias para evitar epidemias entre 1,7 milhão de jovens que moram nas áreas mais afetadas, poucas semanas antes do início da temporada de chuvas de monção.

"Os hospitais estão lotados, a água começa a faltar, muitos corpos continuam soterrados sob os escombros e as pessoas continuam dormindo nas ruas. É uma situação perfeita para a proliferação de doenças", advertiu Rownad Khan, funcionário do Unicef.

Quase 160 mil casas foram destruídas e 143 mil afetadas pelo terremoto, segundo o balanço mais recente da ONU.

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