Hollande: laicismo e islã são compatíveis se respeitada lei
"Nada na ideia do laicismo se opõe à prática do islã na França, enquanto se ajuste à lei", declarou o chefe de Estado durante um debate
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2016 às 12h00.
O presidente francês, François Hollande , considerou nesta quinta-feira que o laicismo e a prática do islã são compatíveis na França desde que a lei em vigor seja respeitada, ao mesmo tempo em que descartou promover qualquer "legislação de circunstância".
"Nada na ideia do laicismo se opõe à prática do islã na França, enquanto se ajuste à lei", declarou o chefe de Estado durante um debate sobre a democracia ante o terrorismo.
"Não haverá legislação de circunstância, tão inaplicável como inconstitucional", completou, em referência aos pedidos de uma nova lei que regulamente o uso do burkini.
A decisão de vários municípios governados pela direita de proibir a peça integral islâmica nas praias francesas provocou uma forte polêmica.
A oito meses das eleições presidenciais, quando a identidade e a imigração serão dois temas centrais, o presidente francês se mostrou como um defensor do Estado de direito ante o terrorismo em um discurso com tom de início de campanha.
"O único caminho que vale, o único que é eficaz, é o do Estado de direito", insistiu.
"O islã pode se acomodar ao laicismo como fizeram antes o catolicismo, as religiões reformistas, o judaísmo?", questionou Hollande.
"Minha resposta é sim, claramente sim", respondeu.
"A pergunta também se apresenta à República: Está realmente disposta a receber em seu seio uma religião que não havia previsto com esta amplitude há mais de um século? Aqui também respondo sim, claramente sim".
O presidente francês, François Hollande , considerou nesta quinta-feira que o laicismo e a prática do islã são compatíveis na França desde que a lei em vigor seja respeitada, ao mesmo tempo em que descartou promover qualquer "legislação de circunstância".
"Nada na ideia do laicismo se opõe à prática do islã na França, enquanto se ajuste à lei", declarou o chefe de Estado durante um debate sobre a democracia ante o terrorismo.
"Não haverá legislação de circunstância, tão inaplicável como inconstitucional", completou, em referência aos pedidos de uma nova lei que regulamente o uso do burkini.
A decisão de vários municípios governados pela direita de proibir a peça integral islâmica nas praias francesas provocou uma forte polêmica.
A oito meses das eleições presidenciais, quando a identidade e a imigração serão dois temas centrais, o presidente francês se mostrou como um defensor do Estado de direito ante o terrorismo em um discurso com tom de início de campanha.
"O único caminho que vale, o único que é eficaz, é o do Estado de direito", insistiu.
"O islã pode se acomodar ao laicismo como fizeram antes o catolicismo, as religiões reformistas, o judaísmo?", questionou Hollande.
"Minha resposta é sim, claramente sim", respondeu.
"A pergunta também se apresenta à República: Está realmente disposta a receber em seu seio uma religião que não havia previsto com esta amplitude há mais de um século? Aqui também respondo sim, claramente sim".