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Hollande critica Sarkozy pela ideia de reduzir imigração

O candidato socialista assinalou que metade dos imigrantes legais é formada por estudantes, considerados necessários para exercer cargos qualificados

Hollande também se mostrou contra a intenção de Sarkozy de dificultar a entrada de estrangeiros que tenham se casado com franceses (Jeff Pachoud/AFP)

Hollande também se mostrou contra a intenção de Sarkozy de dificultar a entrada de estrangeiros que tenham se casado com franceses (Jeff Pachoud/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 08h20.

Paris - O candidato socialista à Presidência da França, François Hollande, criticou nesta quarta-feira a promessa de seu principal rival e atual presidente do país, Nicolas Sarkozy, de reduzir à metade a entrada de imigrantes, rebaixando o atual número para 100 mil pessoas por ano.

Em entrevista à emissora de rádio 'Europe 1', Hollande assinalou que dos 180 mil imigrantes legais que passam a viver na França a cada ano, metade é formada por estudantes, considerados necessários para exercer cargos qualificados que tornem a economia do país mais competitiva.

O líder socialista, que prometeu suprimir um decreto do atual ministro do Interior, Claude Guéant, que endurece as condições para que os estudantes estrangeiros possam seguir na França ao terminar sua formação, também carregou contra a intenção de Sarkozy de dificultar a entrada de estrangeiros que tenham se casado com franceses.

Hollande insistiu que 'é falsa' a afirmação do atual presidente de que ele pretende regularizar os imigrantes irregulares, e lembrou que sua posição passa por expulsar todos aqueles que não cumprirem três critérios: ter trabalho na França, ter família instalada no país e nele viver há muito tempo.

Sarkozy indicou ontem à noite que endurecerá as condições para que os estrangeiros possam receber ajudas sociais, especialmente a previdência não contributiva e o RSA, um subsídio mínimo concedido durante a procura por emprego.

Os imigrantes terão de ter pelo menos dez anos de residência na França para poder beneficiar-se desses dispositivos - frente aos cinco atuais - e ter trabalhado por cinco anos. 

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