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Hollande critica possível multa dos EUA contra BNP

Ele alertou que as possíveis multas de autoridades dos EUA contra bancos franceses podem afetar as relações entre os dois países


	Hollande: o BNP Paribas não quebrou nenhuma lei, disse
 (Philippe Wojazer/Reuters)

Hollande: o BNP Paribas não quebrou nenhuma lei, disse (Philippe Wojazer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 07h02.

Bruxelas - O presidente da França, François Hollande, alertou que as possíveis multas de autoridades dos EUA contra bancos franceses podem afetar as relações entre os dois países.

Ele disse estar em contato com as autoridades dos EUA desde o início do ano, e que ministros de Finanças e banqueiros centrais também participaram das conversas.

"Se eu estou falando com o presidente dos EUA, é porque acho que é um assunto que diz respeito às relações entre nossos dois países", afirmou.

O Departamento de Justiça e outras autoridades norte-americanas estão pressionando o BNP Paribas a pagar mais de US$ 10 bilhões e se declarar culpado por violar sanções dos EUA a países incluindo Irã e Sudão, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

Como parte de um acordo, o BNP Paribas pode perder temporariamente a habilidade de transferir pagamentos em dólar nos EUA.

Hollande voltou a defender que o BNP Paribas não quebrou nenhuma lei francesa ou europeia.

"Eu respeito a justiça dos EUA, ela é independente. Mas ao mesmo tempo nós temos relações entre os EUA e a França, uma parceria, e nada deveria poder comprometer isso porque nós estamos engajados em outras discussões e nós esperamos reciprocidade e respeito", afirmou.

O presidente francês disse que irá discutir o assunto com Barack Obama quando jantarem juntos, nesta quinta-feira, em Paris. As conversas também podem ser levadas para a reunião do G-7, disse.

Hollande ainda disse estar consciente de que os riscos de sanções "totalmente desproporcionais, injustas" envolvem consequências econômicas e financeiras para toda a zona do euro.

"Há outros bancos que podem ser alvo, criando um risco e uma dúvida sobre a solidez do sistema financeiro europeu", afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.

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