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Hollande contra o isolamento

O presidente francês, François Hollande, faz hoje sua última visita internacional. O destino é a Indonésia, ponto final de um roteiro pela Ásia. A viagem tem objetivos econômicos e estratégicos: o governo afirmou ser importante firmar parcerias com a região, que tem grande potencial de crescimento. A visita de Hollande deve trazer junto um investimento de […]

HOLLANDE: presidente francês critica o isolacionismo em sua última viagem internacional / Andrew Winning/ Getty Images

HOLLANDE: presidente francês critica o isolacionismo em sua última viagem internacional / Andrew Winning/ Getty Images

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2017 às 06h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h57.

O presidente francês, François Hollande, faz hoje sua última visita internacional. O destino é a Indonésia, ponto final de um roteiro pela Ásia. A viagem tem objetivos econômicos e estratégicos: o governo afirmou ser importante firmar parcerias com a região, que tem grande potencial de crescimento.

A visita de Hollande deve trazer junto um investimento de 2,6 bilhões de dólares para a Indonésia, dividido entre setores como energia, infraestrutura e comércio. Para fortalecer os laços econômicos com a região, o presidente levou a tiracolo cerca de 40 empresários de pequenos e médios empreendimentos — que também devem fechar seus próprios negócios na região — além dos secretários de Indústria e de Defesa.

Em Singapura, a primeira parada, Hollande se encontrou com líderes de negócios no campus da escola de negócios francesa Insead, antes de ir ao encontro do primeiro ministro, Tony Tan Keng Yam. Enquanto discursava na abertura de um fórum com 170 startups francesas com presença no país, Hollande deixou claro sua mensagem. “Faço um apelo para que intensifiquemos nossas trocas comerciais, políticas e culturais. O mundo vê ressurgir o protecionismo, o isolacionismo e o questionamento das instituições internacionais”, disse o presidente francês.

Mais do que uma mensagem para o presidente Donald Trump, que caminha para isolar seu país economicamente, ou para o Brexit, que retirou o Reino Unido do bloco europeu, Hollande se dirige ao seu próprio país. À beira de um pleito que acontece no dia 23 de abril, a França vê a ultradireitista Marine Le Pen empatar a disputa pela presidência com o centrista Emmanuel Macron, ambos com 26% dos votos.

Há pouco tempo, parecia impossível que ela pudesse conseguir a maioria dos votos no segundo turno, mas a possibilidade é cada dia mais real.O sucessor de Hollande no partido socialista, Benoît Hamon, luta para unir a esquerda em torno de seus 13% de intenção de voto. Para Hollande, frente ao isolamento, só resta mesmo pedir por união.

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