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"Histeria" dos EUA sobre Rússia é estratégia eleitoral, diz Putin

O presidente disse achar difícil acreditar que qualquer pessoa tenha pensado de forma séria que Moscou seria capaz de influenciar o resultado da eleição

Putin: o governo dos EUA acusou formalmente a Rússia de uma série de ataques cibernéticos contra o Partido Democrata (Sergei Karpukhin / Reuters)

Putin: o governo dos EUA acusou formalmente a Rússia de uma série de ataques cibernéticos contra o Partido Democrata (Sergei Karpukhin / Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 16h26.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que políticos americanos estão provocando uma histeria sobre uma mítica ameaça russa à campanha presidencial dos Estados Unidos como um forma de manobra para distrair eleitores de seus próprios fracassos.

Putin, falando a um público de especialistas em política externa no sul da Rússia, disse achar difícil acreditar que qualquer pessoa tenha pensado de forma séria que Moscou seria capaz de influenciar o resultado da eleição de 8 de novembro.

O governo dos EUA acusou formalmente a Rússia de uma série de ataques cibernéticos contra organizações do Partido Democrata, enquanto a candidata democrata, Hillary Clinton, acusou o rival republicano, Donald Trump, de ser "marionete" de Putin.

"Histeria foi provocada nos Estados Unidos sobre a influência da Rússia sobre a eleição presidencial dos EUA", disse Putin, afirmando que se trata de um artifício para encobrir o fato de que a elite política dos EUA não possui nada a falar sobre assuntos sérios, como as dívidas nacionais e controle de armas.

"É mais simples distrair pessoas com os chamados hackers russos, espiões, e agentes de influência. Alguém realmente acredita que a Rússia possa influenciar a escolha do povo americano de qualquer maneira? A América é a república da banana ou o que? A América é uma grande potência".

Putin também disse que certas forças no Ocidente tentam exagerar a ameaça que a Rússia impõe para pode garantir mais gastos militares e aumentar a própria importância. Ele afirmou ainda que a Rússia não planeja atacar ninguém.

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