Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou que visitará na próxima semana Egito e Tunísia, em um giro que também a levará a se reunir com membros da oposição líbia ao regime de Muamar Khadafi.

Em um momento em que os Estados Unidos estão jogando seus interesses no Oriente Médio, Hillary Clinton afirmou que se encontrará com o povo egípcio e tunisiano e com os líderes que chefiam a transição nos dois países para discutir novas ajudas que estimulem a instauração da democracia.

"Tenho a intenção de transmitir o forte apoio da administração Obama e do povo americano, que esperam ser parceiros do importante trabalho que há pela frente quando (egípcios e tunisianos) embarcam em uma transição para uma genuína democracia", disse Hillary a legisladores americanos.

"Sabemos como será difícil", assegurou, em alusão às maciças revoltas populares que depuseram os regimes de Ben Ali na Tunísia, em janeiro, e de Hosni Mubarak no Egito, em fevereiro.

"Contamos enormemente em assegurar que Egito e Tunísia oferecerão modelos para o tipo de democracia que queremos ver", disse Clinton, advertindo para as intenções do Irã de influenciar o Oriente Médio.

Hillary, que defendeu o orçamento dos Estados Unidos para ajuda externa diante dos planos de cortes dos legisladores republicanos, pediu mais dinheiro para o Egito, além dos 150 milhões de dólares anunciados em fevereiro.

"Estão nos olhando e acho que é uma coisa boa, temos que estar ali para ajudá-los", afirmou, após assegurar que o Egito confirmou que não conta com a Europa e os países do Golfo como principais fontes de ajuda.

A secretária de Estado disse que impulsionará uma ajuda de 20 milhões de dólares para a Tunísia para "responder a algumas de suas necessidades" depois que as autoridades tunisianas pediram ajuda aos Estados Unidos.

"Devemos adotar um forte compromisso com a Tunísia, estar preparados para ajudá-los economicamente, bem como em sua transformação democrática", acrescentou.

Hillary também informou que durante seu giro se reunirá com membros da oposição líbia nos "Estados Unidos e quando viajar na semana que vem para discutir o que mais os Estados Unidos e outros países podem fazer".