Paladina dos hispânicos: Hillary se disse convencida de que a "retórica do ódio" de alguns candidatos republicanos vai mobilizar o eleitorado hispânico nas eleições de 2016 (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2015 às 07h24.
Miami - A pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton afirmou nesta segunda-feira que quer ser "a porta-voz e a defensora das necessidades e dos direitos da comunidade hispânica" no país.
Em uma entrevista à emissora "Telemundo", Hillary se disse convencida de que a "retórica do ódio" de alguns candidatos republicanos, especialmente o líder nas pesquisas do partido, Donald Trump, vai mobilizar o eleitorado hispânico nas eleições de 2016.
A ex-secretária de Estado, primeira colocada entre os democratas para a Casa Branca, reiterou seu desejo de ir "além" do presidente Barack Obama em favor dos direitos dos imigrantes e se comprometeu a promover uma "reforma integral" e "um caminho à cidadania" para os imigrantes ilegais.
Hillary expressou sua rejeição às deportações e ressaltou que, se for eleita, não dará sequência a esse tipo de medida.
"Não vou deportar os pais, não vou romper famílias", disse a pré-candidata democrata, se mostrando contrária a utilizar os imigrantes como "bode expiatório" de todos os problemas que preocupam a sociedade americana.
Perguntada pelas ações executivas de Obama em defesa dos imigrantes, hoje paralisadas nos tribunais, Hillary disse que as medidas são legais e afirmou que os republicanos não estão "atuando de boa fé".
Por isso, a pré-candidata democrata se comprometeu, durante os 100 primeiros dias de seu mandato, a defender nos tribunais a legalidade das medidas executivas e controlar os serviços de imigração para que eles parem de "romper famílias".
"Vou tentar trabalhar com os republicanos e os democratas para conseguir um projeto de lei de reforma migratória integral o mais rápido possível", afirmou Hillary.
Sobre o papel do ex-presidente Bill Clinton (1993-2001) em seu futuro governo, Hillary disse que o marido seria "um grande conselheiro".