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Hillary e Trump encaram hora da verdade com primárias

Os eleitores de Iowa serão, como a cada quatro anos, os primeiros a votar nas primárias presidenciais dos Estados Unidos

Hillary Clinton: a pré-candidata defende sua posição de favorita nas primárias democratas (Shannon Stapleton/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 08h31.

Os eleitores de Iowa serão, como a cada quatro anos, os primeiros a votar nas primárias presidenciais dos Estados Unidos , que começam nesta segunda-feira.

Hillary Clinton defende sua posição de favorita nas primárias democratas, enquanto no grupo republicano o magnata Donald Trump tentará provar que não é apenas um fenômeno midiático.

Os dois partidos convocam para as 19h00 locais (23h00 de Brasília) os caucus (assembleias partidárias).

Entre os republicanos o voto é secreto, enquanto os democratas formarão grupos por candidatos para conceder a eles delegados.

Na semana seguinte, as primárias seguirão em New Hampshire, e sucessivamente nos outros estados até junho. As eleições presidenciais serão realizadas em novembro.

Desde os anos 1970, Iowa defende manter o privilégio de ser o primeiro estado a votar nas primárias, o que lhe permite exercer um peso desmesurado em relação aos seus três milhões de habitantes.

Foi neste estado que em 2008 a sorte de Hillary Clinton, de 68 anos, começou a mudar em favor de Barack Obama.

Neste ano, a novidade se chama Bernie Sanders, o senador pelo estado de Vermont de 74 anos.

"Os Estados Unidos não se podem permitir escolher entre ideias que soam bem no papel, mas que não podem ser aplicadas", disse Hillary Clinton em seu último comício na noite de domingo em Des Moines diante de 2.600 pessoas, em alusão às propostas de Sanders.

A disputa "é muito, muito apertada", disse o senador aos seus simpatizantes em Marshalltown.

A última pesquisa divulgada no sábado pelo jornal Des Moines Register concedia a Hillary 45% dos votos, contra 42% para Sanders.

Sanders, que se autodenomina "socialista democrático", não assusta os jovens democratas, que o aplaudem quando promete uma revolução política.

Os jovens se mobilizarão nesta segunda-feira? Em 2008, os menores de 30 anos representaram 22% dos participantes.

"Não voltaremos a ver outro candidato como ele em nossas vidas", disse Ezra Koening, cantor do grupo de rock Vampire Weekend, durante um comício-show no sábado à noite.

Ainda que termine em segundo lugar, Sanders pode reivindicar uma vitória relativa: quando se lançou à campanha, em abril, registrava menos de 10% dos votos em Iowa.

Em New Hampshire, Sanders domina as pesquisas, mas no resto do país fica para trás.

A rejeição às elites políticas marcou os últimos sete meses de campanha, o que permitiu que o milionário Donald Trump ganhasse espaço entre os republicanos.

Trump, que tem 28% na pesquisa, ataca o establishment e a incompetência dos dirigentes, enquanto promete que com ele "os Estados Unidos ganharão tanto que se cansarão de ganhar".

Seu discurso nacionalista, anti-imigrantes e politicamente correto fez sucesso entre os eleitores desiludidos.

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Os eleitores de Iowa serão, como a cada quatro anos, os primeiros a votar nas primárias presidenciais dos Estados Unidos , que começam nesta segunda-feira.

Hillary Clinton defende sua posição de favorita nas primárias democratas, enquanto no grupo republicano o magnata Donald Trump tentará provar que não é apenas um fenômeno midiático.

Os dois partidos convocam para as 19h00 locais (23h00 de Brasília) os caucus (assembleias partidárias).

Entre os republicanos o voto é secreto, enquanto os democratas formarão grupos por candidatos para conceder a eles delegados.

Na semana seguinte, as primárias seguirão em New Hampshire, e sucessivamente nos outros estados até junho. As eleições presidenciais serão realizadas em novembro.

Desde os anos 1970, Iowa defende manter o privilégio de ser o primeiro estado a votar nas primárias, o que lhe permite exercer um peso desmesurado em relação aos seus três milhões de habitantes.

Foi neste estado que em 2008 a sorte de Hillary Clinton, de 68 anos, começou a mudar em favor de Barack Obama.

Neste ano, a novidade se chama Bernie Sanders, o senador pelo estado de Vermont de 74 anos.

"Os Estados Unidos não se podem permitir escolher entre ideias que soam bem no papel, mas que não podem ser aplicadas", disse Hillary Clinton em seu último comício na noite de domingo em Des Moines diante de 2.600 pessoas, em alusão às propostas de Sanders.

A disputa "é muito, muito apertada", disse o senador aos seus simpatizantes em Marshalltown.

A última pesquisa divulgada no sábado pelo jornal Des Moines Register concedia a Hillary 45% dos votos, contra 42% para Sanders.

Sanders, que se autodenomina "socialista democrático", não assusta os jovens democratas, que o aplaudem quando promete uma revolução política.

Os jovens se mobilizarão nesta segunda-feira? Em 2008, os menores de 30 anos representaram 22% dos participantes.

"Não voltaremos a ver outro candidato como ele em nossas vidas", disse Ezra Koening, cantor do grupo de rock Vampire Weekend, durante um comício-show no sábado à noite.

Ainda que termine em segundo lugar, Sanders pode reivindicar uma vitória relativa: quando se lançou à campanha, em abril, registrava menos de 10% dos votos em Iowa.

Em New Hampshire, Sanders domina as pesquisas, mas no resto do país fica para trás.

A rejeição às elites políticas marcou os últimos sete meses de campanha, o que permitiu que o milionário Donald Trump ganhasse espaço entre os republicanos.

Trump, que tem 28% na pesquisa, ataca o establishment e a incompetência dos dirigentes, enquanto promete que com ele "os Estados Unidos ganharão tanto que se cansarão de ganhar".

Seu discurso nacionalista, anti-imigrantes e politicamente correto fez sucesso entre os eleitores desiludidos.

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