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Hillary critica falta de liberdade e transparência da economia chinesa

Em viagem ao país, a secretária de Estado americana pediu mais abertura e respeito às normas comerciais internacionais

Hillary Clinton em Hong Kong: "algumas nações em desenvolvimento (...) podem ser lentas na hora de aplicar em casa regras das quais se beneficiam no exterior" (Mike Clarke/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 12h33.

Pequim - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, visitou nesta segunda-feira as cidades chinesas de Hong Kong e Shenzhen, onde se queixou da falta de transparência e liberdade na economia do gigante asiático, pedindo mais abertura e respeito às normas comerciais internacionais.

Em discurso na Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Hong Kong, Hillary destacou que os quatro pilares da agenda econômica americana na Ásia-Pacífico são "abertura, liberdade, transparência e equidade", e, em uma clara alusão à China, destacou que a segunda economia mundial tem muito o que melhorar no assunto.

"Algumas nações em desenvolvimento, admiravelmente centradas na luta contra a pobreza, podem ser lentas na hora de aplicar em casa regras das quais se beneficiam no exterior", assinalou a chefe da diplomacia americana, citada pelo site do jornal "South China Morning Post".

"Alguns desses países, ricos em termos absolutos, mas pobres em renda per capita, chegam a pensar inclusive que essas normas não são para eles", lamentou a secretária de Estado.

Hillary também falou do longo debate político registrado nos EUA para acertar o aumento do teto da dívida nacional, e manifestou confiança de que tudo se resolverá positivamente para que o país não se declare em moratória na semana que vem.

"Tenho confiança que o Congresso fará o correto e trabalhará com o presidente (Barack) Obama para dar os passos necessários para melhorar nossa perspectiva fiscal a longo prazo", destacou a secretária de Estado.

Hillary minimizou a importância das difíceis discussões realizadas durante a negociação, afirmando que este tipo de debate foi uma constante na política americana durante a história da república.

"É assim que funciona uma sociedade aberta e democrática quando se une para buscar a solução adequada", destacou a chefe da diplomacia americana no discurso.

Antes deste ato público, Hillary se reuniu em Hong Kong com o chefe do Executivo da região administrativa especial, Donald Tsang, e quatro legisladores, que segundo o jornal local transmitiram sua preocupação pela situação dos direitos humanos na parte continental da China.

Um deles, Albert Ho (presidente do Partido Democrata), fez um relato sobre as pressões que inúmeros advogados que tratam casos de direitos humanos sofrem na China

À tarde, a secretária de Estado cruzou a "fronteira" entre a ex-colônia britânica e a parte continental chinesa para visitar a cidade de Shenzhen, onde manteve uma reunião informal com o conselheiro de Estado chinês Dai Bingguo, responsável das Relações Exteriores no Executivo comunista.

Na reunião, foram tratados temas regionais de interesse comum, como a questão nuclear na península coreana, agora que representantes das duas Coreias negociam a retomada das conversas de seis lados, das quais Pequim foi anfitriã na década passada.

Também foi abordada, segundo fontes diplomáticas americanas, a crescente tensão entre a China e países vizinhos, como as Filipinas e o Vietnã, nas águas do Mar da China Meridional, outro assunto de destaque na recente cúpula de ministros de Relações Exteriores da Ásia na ilha indonésia de Bali, da qual Hillary também participou.

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Pequim - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, visitou nesta segunda-feira as cidades chinesas de Hong Kong e Shenzhen, onde se queixou da falta de transparência e liberdade na economia do gigante asiático, pedindo mais abertura e respeito às normas comerciais internacionais.

Em discurso na Câmara de Comércio dos Estados Unidos em Hong Kong, Hillary destacou que os quatro pilares da agenda econômica americana na Ásia-Pacífico são "abertura, liberdade, transparência e equidade", e, em uma clara alusão à China, destacou que a segunda economia mundial tem muito o que melhorar no assunto.

"Algumas nações em desenvolvimento, admiravelmente centradas na luta contra a pobreza, podem ser lentas na hora de aplicar em casa regras das quais se beneficiam no exterior", assinalou a chefe da diplomacia americana, citada pelo site do jornal "South China Morning Post".

"Alguns desses países, ricos em termos absolutos, mas pobres em renda per capita, chegam a pensar inclusive que essas normas não são para eles", lamentou a secretária de Estado.

Hillary também falou do longo debate político registrado nos EUA para acertar o aumento do teto da dívida nacional, e manifestou confiança de que tudo se resolverá positivamente para que o país não se declare em moratória na semana que vem.

"Tenho confiança que o Congresso fará o correto e trabalhará com o presidente (Barack) Obama para dar os passos necessários para melhorar nossa perspectiva fiscal a longo prazo", destacou a secretária de Estado.

Hillary minimizou a importância das difíceis discussões realizadas durante a negociação, afirmando que este tipo de debate foi uma constante na política americana durante a história da república.

"É assim que funciona uma sociedade aberta e democrática quando se une para buscar a solução adequada", destacou a chefe da diplomacia americana no discurso.

Antes deste ato público, Hillary se reuniu em Hong Kong com o chefe do Executivo da região administrativa especial, Donald Tsang, e quatro legisladores, que segundo o jornal local transmitiram sua preocupação pela situação dos direitos humanos na parte continental da China.

Um deles, Albert Ho (presidente do Partido Democrata), fez um relato sobre as pressões que inúmeros advogados que tratam casos de direitos humanos sofrem na China

À tarde, a secretária de Estado cruzou a "fronteira" entre a ex-colônia britânica e a parte continental chinesa para visitar a cidade de Shenzhen, onde manteve uma reunião informal com o conselheiro de Estado chinês Dai Bingguo, responsável das Relações Exteriores no Executivo comunista.

Na reunião, foram tratados temas regionais de interesse comum, como a questão nuclear na península coreana, agora que representantes das duas Coreias negociam a retomada das conversas de seis lados, das quais Pequim foi anfitriã na década passada.

Também foi abordada, segundo fontes diplomáticas americanas, a crescente tensão entre a China e países vizinhos, como as Filipinas e o Vietnã, nas águas do Mar da China Meridional, outro assunto de destaque na recente cúpula de ministros de Relações Exteriores da Ásia na ilha indonésia de Bali, da qual Hillary também participou.

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