Bangcoc - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, realizou nesta quarta-feira uma breve visita oficial ao Laos, a primeira realizada ao país indochino por um chefe da diplomacia americana desde 1955.

Hillary se reuniu com o primeiro-ministro de Laos, Thongsing Thammavong, e o ministro das Relações Exteriores, Thongloun Sisoulith, na capital Vientiane.

Segundo a imprensa tailandesa, a secretária pressionou as autoridades para que efetuem mais estudos sobre o impacto que a represa que planejam construir no rio Mekong causará. O projeto custará cerca de US$ 3,6 milhões (R$ 7,3 milhões) e foi criticado por nações vizinhas que são cortadas pelo rio, que desemboca no mar pelo Vietnã.

O primeiro-ministro de Laos assegurou que a represa da cidade de Xayaburi só será cosntruída com o consentimento dos países vizinhos, segundo o jornal tailandês "Bangcoc Post".

A viagem ao Laos também incluiu visitas a um templo budista e uma ONG que oferece assistência às vítimas de minas e bombas.

Os Estados Unidos cooperam com Laos na tarefa de retirar os artefatos explosivos que restaram da Guerra do Vietnã, que terminou em 1975 e deixou um legado de milhões de bombas de diferente tamanhos.

Ambos países também colaboram nas operações de busca e repatriação dos corpos de militares americanos desaparecidos durante a guerra.

A última vez que um chefe da diplomacia dos Estados Unidos visitou o Laos foi em 1955, quando John Foster Dulles fez uma breve escala no país.

Após passar algumas horas em Vientiane, Hillary partiu rumo a Camboja, onde se reunirá com colegas de vários países asiáticos e participará do fórum regional de segurança da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que será realizada na sexta-feira, em Phnom Penh.