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Hezbollah responsabiliza Arábia Saudita por caos na região

“A Arábia Saudita é responsável pelas mortes e pelo caos na nossa região. Desde a sua criação, o seu papel tem sido servir aos interesses dos Estados Unidos”

Hassan Nasrallah, o chefe do Hezbollah xiita libanês: “Não devemos esquecer que o nosso inimigo é Israel, mas a ameaça existencial na região é o wahhabismo [movimento sunita]" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2015 às 11h25.

O líder do movimento xiita libanês Hezbollah , Hassan Nasrallah, responsabilizou a Arábia Saudita pelos caos no Oriente Médio e acusou o wahhabismo - movimento sunita ultraconservador dominante na monarquia saudita - de constituir uma ameaça para a região.

“A Arábia Saudita é responsável pelas mortes e pelo caos na nossa região. Desde a sua criação, como desde a [criação] de Israel, o seu papel tem sido servir aos interesses dos Estados Unidos”, afirmou Nasrallah, em discurso nessa terça-feira, divulgado hoje (7) pelo jornal Al Akhbar.

Nasrallah, que falou por ocasião do início do primeiro mês do ano muçulmano (Muharram), acusou também Riade de ter lutado contra o Hezbollah na guerra de 2006.

“Não devemos esquecer que o nosso inimigo é Israel, mas a ameaça existencial na região é o wahhabismo, que está se espalhando por todo o mundo”, disse.

“Os takfiris e os wahhabis não são sunitas, mas apenas uma pequena parte da nação muçulmana”, acrescentou, referindo-se tanto aos grupos jihadistas quanto aos grupos terroristas de inspiração islâmica.

As milícias do Hezbollah combatem na Síria ao lado do Exército de Bashar Al Assad. A Arábia Saudita, por seu lado, apoia vários grupos rebeldes que pretendem pôr fim ao regime.

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“A Arábia Saudita é responsável pelas mortes e pelo caos na nossa região. Desde a sua criação, como desde a [criação] de Israel, o seu papel tem sido servir aos interesses dos Estados Unidos”, afirmou Nasrallah, em discurso nessa terça-feira, divulgado hoje (7) pelo jornal Al Akhbar.

Nasrallah, que falou por ocasião do início do primeiro mês do ano muçulmano (Muharram), acusou também Riade de ter lutado contra o Hezbollah na guerra de 2006.

“Não devemos esquecer que o nosso inimigo é Israel, mas a ameaça existencial na região é o wahhabismo, que está se espalhando por todo o mundo”, disse.

“Os takfiris e os wahhabis não são sunitas, mas apenas uma pequena parte da nação muçulmana”, acrescentou, referindo-se tanto aos grupos jihadistas quanto aos grupos terroristas de inspiração islâmica.

As milícias do Hezbollah combatem na Síria ao lado do Exército de Bashar Al Assad. A Arábia Saudita, por seu lado, apoia vários grupos rebeldes que pretendem pôr fim ao regime.

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