Hezbollah nega que seus militantes combatam na Síria
Nasrallah assegurou que o Hezbollah "não abriu uma nova frente na Síria" e que o regime de Assad não solicitou reforços do grupo xiita
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h54.
Beirute - O líder do grupo xiita libanês Hezbollah, o xeque Hassan Nasrallah, afirmou nesta quinta-feira que não enviou combatentes à Síria para apoiar o regime de Bashar al Assad e que é mentira que alguns deles tenham morrido neste país.
Em discurso por videoconferência, divulgado pela emissora libanesa "Al-Manar", Nasrallah assegurou que o Hezbollah "não abriu uma nova frente na Síria" e que o regime de Assad não solicitou reforços do grupo xiita.
"Temos uma postura política clara em relação à Síria e desde o princípio a mantemos e não temos medo", ressaltou o líder do Hezbollah, um firme aliado de Damasco na região, junto com o Irã.
Quanto às notícias que dezenas de membros do Hezbollah teriam morrido em confrontos com os rebeldes sírios, Nasrallah disse que o grupo não oculta seus mártires.
"Quando dizem que há 75 membros do Hezbollah que morreram é para ligar o nome do Hezbollah e o de seus combatentes com o do regime sírio", acrescentou.
Horas antes, os rebeldes sírios anunciaram que mataram 60 membros do Hezbollah nos últimos dois dias durante enfrentamentos em uma cidade fronteiriça com o Líbano da província síria de Homs.
Em comunicado enviado à Agência Efe, o Comando Conjunto do Exército Livre Sírio (ELS) informou que as baixas nas fileiras do Hezbollah aconteceram quando membros do grupo xiita participavam de operações militares junto com o Exército sírio no povoado de Al Quseir, em Homs.
Nasrallah alegou que os libaneses falecidos na Síria são moradores de aldeias sírias fronteiriças com o Líbano, que saíram para defender suas cidades dos ataques de "grupos armados", como se referiu aos rebeldes.
Para o líder do Hezbollah, "a situação na Síria é perigosa para toda a região", e por isso pediu "diálogo e uma solução política".