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Hezbollah diz que filme anti-islã incita ódio

''Trata-se de um ato suspeito, apoiado por extremistas coptas (cristãos egípcios) e judeus, com o objetivo de alimentar o ódio e aumentar a tensão '', disse o grupo xiita

Manifestação com bandeiras palestinas e do Hezbollah: Grupo pediu aos organismos internacionais e às organizações de direitos humanos que reajam perante estas ''repetidas violações'' (©AFP/File / Adam Jan)
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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h55.

Beirute - O grupo xiita libanês Hezbollah denunciou nesta quarta-feira que o polêmico filme sobre o islã e a vida do profeta Maomé, supostamente produzido nos Estados Unidos e considerado ofensivo pelos muçulmanos, procura provocar tensões entre os cristãos coptas e os maometanos no Egito.

''Trata-se de um ato suspeito, apoiado por extremistas coptas (cristãos egípcios) e judeus, com o objetivo de alimentar o ódio e aumentar a tensão entre muçulmanos e coptas no Egito, além de prendê-los nessa luta maldita'', afirmou o grupo xiita em comunicado.

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Segundo o Hezbollah, ''essa gravação imoral transmite o maior grau de agressividade contra um dos direitos mais nobres do homem, o de respeito a suas crenças e valores sagrados''.

''Esses atos refletem as políticas estabelecidas e que não têm uma personalidade individual. Mostra a verdadeira postura da aliança sionista-americana em direção ao islã e aos muçulmanos'', acrescentou o movimento xiita em comunicado.

Além de rejeitar o conteúdo do filme, o Hezbollah também pediu aos organismos internacionais e às organizações de direitos humanos que reajam perante estas ''repetidas violações''. Segundo o grupo xiita libanês, a ONU deveria estipular leis para criminalizar atos como este.

A gravação, que foi postada no You Tube e possui 14 minutos de duração, contém cenas da vida do profeta, que, por sua vez, é apresentado como fruto de uma relação ilegítima e ainda aparece praticando sexo com uma mulher.

Até o momento, a autoria do filme segue indefinida, já que enquanto a imprensa egípcia afirma que a produção poderia ter sido feita por coptas residentes nos EUA, a imprensa internacional aponta que o vídeo é de um produtor israelense-americano que vive na Califórnia.

A divulgação do filme citado gerou inúmeros protestos, incluindo o da noite de ontem em Benghazi (Líbia), que terminou com um violento ataque contra o consulado dos EUA na Líbia. Neste ataque, o embaixador americano, Christopher Stevens, morreu e outros três funcionários ficaram feridos.

Ontem, a embaixada americana no Cairo também foi alvo de intensos protestos. Na ocasião, um grupo de pessoas, a maioria salafistas, escalou o muro do complexo diplomático e arrancou a bandeira dos EUA do local e, no lugar, colocaram uma outra negra com a ''shahada'', a profissão de fé do islã.

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