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Hezbollah classifica decisão da UE como "injusta"

Decisão da União Europeia de incluir braço armado do grupo xiita na lista de organizações terroristas é "agressiva e injusta"


	Líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah (segundo à direita), escoltado por seguranças em Beirute: ação da UE "não se baseia em nenhuma justificativa ou prova", afirmou o grupo xiita em nota
 (Sharif Karim/Reuters)

Líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah (segundo à direita), escoltado por seguranças em Beirute: ação da UE "não se baseia em nenhuma justificativa ou prova", afirmou o grupo xiita em nota (Sharif Karim/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 15h27.

Beirute - O grupo xiita libanês Hezbollah qualificou nesta terça-feira a decisão da União Europeia (UE) de incluir seu braço armado na lista de organizações terroristas como uma ação "agressiva e injusta".

"O Hezbollah rejeita categoricamente a decisão da UE, vista como agressiva, injusta e que não se baseia em nenhuma justificativa ou prova", afirmou o grupo xiita em comunicado.

Esta é a primeira resposta oficial do grupo, que ontem já reagiu à medida europeia através de sua televisão, a "Al Manar", na qual considerou que a UE se dobrou perante a vontade de Israel.

Em sua nota, o Hezbollah ressaltou que "a submissão dos países da UE às pressões norte-americanas e sionistas constitui um giro perigoso na adesão total à Casa Branca".

"Essa decisão não expressa, de modo algum, os interesses dos povos da UE e está em contradição com os valores e aspirações a favor da liberdade e da independência", assinalou o grupo xiita.

Os ministros da UE decidiram ontem incluir o braço militar do Hezbollah em sua lista de grupos terroristas, uma ação em resposta ao atentado suicida cometido supostamente por esta organização há um ano na Bulgária, onde seis pessoas foram mortas.

O acordo, que foi adotado por unanimidade, firma a milícia xiita como um grupo terrorista, mas, por outro lado, não rompe a cooperação com o governo do Líbano, o diálogo com todas suas forças políticas e a provisão de ajuda financeira ou humanitária.

O primeiro-ministro libanês saliente, Najib Mikati, lamentou a decisão da UE, embora tenha assegurado que a medida não afetará os laços entre ambos os lados.

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