Mundo

Hesitação de Obama sobre Síria é ironizada nas redes sociais

Simpatizantes e opositores do regime sírio ironizavam nas redes sociais as hesitações do presidente americano, Barack Obama

O presidente americano, Barack Obama: Obama examina proposta de Moscou para que Síria coloque sob controle internacional arsenal de armas químicas (Jewel Samad/AFP)

O presidente americano, Barack Obama: Obama examina proposta de Moscou para que Síria coloque sob controle internacional arsenal de armas químicas (Jewel Samad/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 12h57.

Damasco - Simpatizantes e opositores do regime sírio ironizavam sem piedade nas redes sociais as hesitações do presidente americano, Barack Obama, que aparece em uma caricatura despetalando uma flor enquanto diz: "bombardeio, não bombardeio".

Após uma ofensiva diplomática em busca de apoio para atacar a Síria, o presidente americano está examinando a proposta de Moscou para que Damasco coloque sob controle internacional seu arsenal de armas químicas.

No dia 31 de agosto, o presidente já havia dado a impressão de estar menos decidido que antes, ao anunciar que consultaria o Congresso antes de intervir militarmente na Síria.

"Quando o Congresso me der autorização para atacar, perguntarei a minha esposa Michelle e aos meus familiares políticos. Se disserem que sim, seguirei adiante", afirma o presidente americano com o rosto sério em uma foto publicada no Facebook por um sírio.

Várias caricaturas ironizam a indecisão de Obama e algumas o mostram com as orelhas do rato Mickey.

Entre as piadas que circulam, está a de um jovem que pede a mão de sua namorada, que responde: "Querido, vamos esperar o ataque, depois veremos".

Em outra, um homem diz a sua esposa que precisa alugar uma casa antes do ataque, mas ela prefere esperar, já que "depois será mais barato".

Outra mensagem na internet convida os sírios a assinarem um serviço de telefone celular chamado "Kerry, me informe a qualquer custo" sobre a data dos bombardeios.


Num momento em que o regime sírio não tomou medidas excepcionais ante o possível ataque militar, há quem brinque com o pânico que parece tomar conta da região.

"Os israelenses distribuem máscaras de gás, os jordanianos estão em estado de alerta, os turcos mobilizam mísseis antiaéreos dia e noite, os libaneses estão nervosos, os iraquianos estão perdidos e os egípcios estão mais informados do que acontece aqui em relação ao que se passa em seu país (...) Estão certos de que é a Síria que vão atacar?", ironiza um usuário sírio do Facebook.

Inspirando-se na transmissão de partidas de futebol, outros sugerem "instalar telões para que os cidadãos possam ver ao vivo o ataque militar" e aproveitar para organizar "um encontro com narguilé e bebidas".

Já os opositores ao regime de Bashar al-Assad fazem piadas de humor negro.

Assim, uma caricatura mostra Obama em meio a ruínas, com a legenda: "Tem razão, senhor presidente, espere mais três anos até que tenham dizimado o povo sírio".

"Quero emitir uma opinião sobre Barack Obama por divulgar informações falsas e atentar contra a tranquilidade pública", indica outro opositor ao regime no Facebook.

O presidente tentou convencer os americanos céticos de seu plano de um ataque militar limitado à Síria, em represália pelo suposto ataque com armas químicas pelo regime de Damasco no dia 21 de agosto que, segundo Washington, deixou mais de 1.400 mortos.

Mas a ideia de uma nova intervenção militar americana no caldeirão no Oriente Médio é muito difícil de vender a cidadãos cansados de guerras e a muitos de seus representantes no Capitólio, que consideram o plano da Casa Branca confuso.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaBashar al-AssadEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaEstados Unidos (EUA)FacebookInternetPaíses ricosPersonalidadesPolíticosRedes sociaisSíria

Mais de Mundo

Fotos de ataque a Trump são usadas para vender bíblias e camisetas na Convenção Republicana

Biden é diagnosticado com Covid-19, diz Casa Branca

Aliança de esquerda anuncia candidato para presidir a câmara baixa do Parlamento francês

Eleições EUA: Biden diz que consideraria desistir de eleição se 'alguma condição médica' o obrigasse

Mais na Exame