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Hamas e OLP anunciam acordo de reconciliação

Medida prevê a formação de um governo de unidade nacional dentro de cinco semanas


	Militantes palestinos do Hamas: palestinos há muito tempo esperam pelo fim do racha político entre a OLP e o Hamas, que venceu uma eleição palestina em 2006 e tomou o controle da Faixa de Gaza em 2007
 (Mohammed Salem/Reuters)

Militantes palestinos do Hamas: palestinos há muito tempo esperam pelo fim do racha político entre a OLP e o Hamas, que venceu uma eleição palestina em 2006 e tomou o controle da Faixa de Gaza em 2007 (Mohammed Salem/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 12h32.

Gaza - O grupo islâmico baseado em Gaza Hamas e a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), do presidente Mahmoud Abbas, concordaram nesta quarta-feira com a implementação de um pacto de unidade, os dois lados anunciaram em uma entrevista coletiva conjunta.

A medida prevê a formação de um governo de unidade nacional dentro de cinco semanas e realização de eleições nacionais em seis meses após um voto de confiança do Parlamento palestino.

Os palestinos há muito tempo esperam pelo fim do racha político entre a OLP e o Hamas, que venceu uma eleição palestina em 2006 e tomou o controle da Faixa de Gaza em 2007 das forças leais a Abbas apoiadas por países ocidentais.

Mas pactos de unidade mediados por árabes entre os dois lados ainda têm de ser implementados, deixando muitos palestinos céticos sobre as promessas de reconciliação de seus líderes.

"Esta é a boa notícia que damos ao nosso povo: a era da divisão acabou", disse o primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, a jornalistas palestinos sob aplausos.

O Hamas entrou em confronto repetidamente com Israel, que se recusa a reconhecer seu governo. Antes do anúncio desta quarta-feira, o primeiro- ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu Abbas sobre os esforços para o acordo de unidade, dizendo que ele tinha que escolher entre a paz com Israel ou com seu inimigo islâmico.

O Fatah, partido de Abbas, manteve-se no controle da Autoridade Palestina na Cisjordânia ocupada e perseguiu as negociações de paz problemáticas com Israel, que vão expirar em 29 de abril.

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