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Hamas critica líderes árabes por silêncio em relação a Gaza

Porta-voz do Hamas disse que silêncio de líderes árabes "é como se estivessem contribuindo com a ocupação israelense para o assassinato do povo em Gaza"

Tanques israelenses: 100 morreram em 24 horas, elevando número de vítimas para 1.184 (Baz Ratner/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 20h25.

Gaza/Jerusalém - O Hamas criticou nesta terça-feira os líderes árabes e os acusou de serem "responsáveis" por "seu silêncio" pela morte de mais de mil pessoas na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelense no território, em 8 de julho.

O porta-voz do movimento islamita na Faixa de Gaza , Sami Abu Zuhir, disse em um comunicado divulgado hoje que os líderes árabes "são responsáveis com seu silêncio, como se estivessem contribuindo com a ocupação israelense para o assassinato do povo em Gaza".

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"Os líderes dos estados árabes deveriam se movimentar imediatamente e falar para resgatar as vidas das crianças de Gaza que são assassinadas a sangue frio e privadas de todos seus direitos humanitários", criticou Abu Zuhri.

Na jornada mais sangrenta desde o início da ofensiva israelense contra o Hamas em Gaza, 100 pessoas morreram nas últimas 24 horas, o que elevou o número de vítimas fatais para 1.184, segundo o último boletim de fontes médias. Com isso, a diplomacia internacional continua fracassando em suas tentativas de encerrar o conflito.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, conversou por telefone com o ministro das Relações Exteriores turco e o líder da liga árabe, segundo a agência de notícias oficial "Wafa".

Segundo as fontes, Abbas discutiu com os dois as possibilidades de um cessar-fogo e o fim dos enfrentamentos entre as milícias palestinas e Israel.

O secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Abed Rabbo, afirmou hoje em Ramala que as facções palestinas tinham aceitado a proposta de um cessar-fogo durante 24 horas, que poderia ser prorrogado para mais 48 horas, de acordo com um pedido da ONU .

Segundo Abed Rabbo, a proposta foi apresentada "após se estabelecer contatos e consultas com os irmãos do Hamas e da Jihad Islâmica", os dois grupos armados mais significativos na Faixa de Gaza.

No entanto, em seguida, Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas em Gaza, desmentiu a informação e assegurou que a declaração de Abed Rabbo "não é certa e não reflete a postura da resistência".

Mohammed Deif, comandante geral das Brigadas de Ezedin al-Qassam, o braço armado do Hamas, reiterou em um comunicado transmitido pela televisão que não haverá nenhum cessar-fogo com Israel até que se "coloque um fim à agressão e ao bloqueio imposto sobre Gaza".

"Nossos milicianos não atacam civis, só soldados, mas os soldados sim têm como alvos civis, principalmente mulheres e crianças", denunciou o líder sob um capuz que cobria seu rosto.

Um oficial do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou hoje os comentários feitos pelo secretário de Estado americano, John Kerry, de que Netanyahu pediu para falar com ele sobre a possibilidade de um cessar-fogo.

"Kerry foi quem levou a opção de um cessar-fogo a Netanyahu e não o contrário", afirmou a fonte, segundo o jornal israelense "Haaretz".

"Netanyahu disse a Kerry que agora a continuação da operação do exército israelense é necessária para proteger os cidadãos israelenses e neutralizar os túneis do terror. Netanyahu acrescentou que a neutralização dos túneis seguirá até que a missão tenha terminado", afirmou o jornal. EFE

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