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Haiyan deixa 4 mortos e 7 desaparecidos no sul da China

Pelo menos quatro pessoas morreram no sul da China em consequência das chuvas provocadas pela passagem do tufão Haiyan

Equipes ajudam população afetada pelo tufão Haiyan, nas Filipinas:  tufão chegou à China com ventos de aproximadamente 118 km/h (Edgar Su/Reuters)

Equipes ajudam população afetada pelo tufão Haiyan, nas Filipinas: tufão chegou à China com ventos de aproximadamente 118 km/h (Edgar Su/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 18h10.

Pequim - Pelo menos quatro pessoas morreram no sul da China em consequência das chuvas provocadas pela passagem do tufão Haiyan pela região, na qual há pelo menos sete desaparecidos desde ontem, informaram as autoridades locais nesta segunda-feira.

O tufão chegou hoje à região autônoma de Guangxi Zhuang com ventos de aproximadamente 118 km/h, após ter tocado terra no Vietnã. Rebaixado a tempestade tropical, "Haiyan" se desloca em direção ao nordeste do país asiático a uma velocidade de 15 km/h.

Segundo a agência regional para o controle de inundações, uma pessoa morreu afogada na cidade litorânea de Beihai, onde cerca de 12 mil pessoas foram afetadas, tendo em vista que vários rios da região ultrapassaram os níveis de segurança por causa das fortes chuvas.

As autoridades locais emitiram um alerta vermelho, o máximo nível, em diversas áreas da região autônoma, onde as escolas e grande parte do comércio seguem fechadas.

Em algumas aldeias, a precipitação durante a noite de ontem superou os 30 centímetros cúbicos. No distrito de Fangcheng, em Guangxi, a chuva alcançou a marca de 45,1 centímetros.

Na ilha de Hainan, onde o tufão passou neste fim de semana, a tempestade causou três mortes e afetou 500 mil pessoas, das quais 39 mil foram evacuadas. De acordo com o Departamento provincial de Assuntos Civis, citado pela agência oficial "Xinhua", cerca de 650 casas foram destruídas ou ficaram danificadas.

Sete tripulantes de um navio de carga matriculado em Guangxi se encontram desaparecidos desde sábado, depois que os ventos rompessem as amarras e o arrastassem para fora do porto de Sanya, em Hainan.

Apesar de a provisão elétrica não ter sido reestabelecida por completo na região, o aeroporto da cidade já voltou a operar, já que mais 200 voos foram cancelados nos últimos dois dias.


Durante o fim de semana, a passagem do tufão também causou oito mortos em Taiwan.

Nas Filipinas, o país mais afetado pelo tufão mais forte do ano, as autoridades temem que haja mais de 10 mil mortos na província de Leyte, situada na região central do país.

A China contribuirá com US$ 200 mil em dinheiro para atender os filipinos após a passagem de "Haiyan".

Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Qin Gang, afirmou que seu país fará mais do que "expressar suas condolências" às Filipinas.

"O governo chinês e a Cruz Vermelha fornecerão ajuda humanitária e assistência às Filipinas após o desastre, que deixou um grande número de vítimas", declarou Qin.

As autoridades filipinas declararam hoje o estado de emergência na cidade de Tacloban, situada na ilha de Leyte, onde, segundo os cálculos do governo provincial, o tufão poderia ter causado a morte de 10 mil pessoas.

Além disso, as autoridades locais também decretaram toque de recolher para todos os residentes com o objetivo de frear a onda de saques e a proliferação de outros crimes depois que a cidade ficasse "sem lei" após a passagem do tufão na sexta-feira.

Após arrasar o centro das Filipinas, o tufão "Haiyan" entrou nesta madrugada no norte do Vietnã, onde as autoridades evacuaram umas 600 mil pessoas, e se desloca em direção ao sul da China, onde deve chegar nesta tarde já reduzido à tempestade tropical.

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