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Guterres exige da Venezuela transparência eleitoral e respeito aos direitos humanos

Secretário-geral da ONU demonstrou preocupação com os relatos recebidos de vários abusos e detenções arbitrárias de menores

António Guterres, secretário-geral da ONU (Eduardo Munoz Alvarez/VIEWpress/Getty Images)

António Guterres, secretário-geral da ONU (Eduardo Munoz Alvarez/VIEWpress/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 23 de agosto de 2024 às 13h12.

Última atualização em 23 de agosto de 2024 às 13h59.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, exigiu da Venezuela “total transparência” sobre os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho, e lembrou que o Conselho Nacional Eleitoral ainda não publicou as atas dos diferentes colégios eleitorais.

Em um comunicado divulgado nas últimas horas, Guterres limita-se a “tomar nota” da decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que validou ontem a vitória do presidente Nicolás Maduro, decisão que tem sido contestada pela oposição e boa parte da comunidade internacional.

Além disso, Guterres exigiu “proteção absoluta e respeito pelos direitos humanos” na Venezuela, depois de expressar sua “preocupação” com os relatos recebidos de vários abusos, entre os quais mencionou detenções arbitrárias de menores, jornalistas, defensores dos direitos humanos e ativistas opositores.

O secretário-geral lembra em sua mensagem que os direitos de ter opiniões sem interferência, a liberdade de expressão e de reunião pacífica devem ser respeitados.

A ONU enviou à Venezuela um painel de peritos eleitorais, convidados pelo governo, que no final da sua missão foram muito críticos em relação ao desenvolvimento das eleições presidenciais.

O relatório provisório desse painel de especialistas concluiu que as eleições venezuelanas careciam de “medidas básicas de transparência e integridade que são essenciais para a realização de eleições críveis”.

Um dia depois, o governo de Maduro qualificou os membros do grupo da ONU como “falsos especialistas eleitorais” e acusou-os de espalhar “uma série de mentiras”, enquanto a oposição destacou que seu documento reforça a tese que apoia a vitória do candidato opositor Edmundo González Urrutia.

As autoridades venezuelanas desacreditaram tanto o relatório do painel da ONU como as alegações do Carter Center, apesar de ambos terem sido convidados a observar as eleições pelo próprio Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.

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