Mundo

Gülen pede aos EUA que rejeitem sua extradição

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, disse nesta terça-feira que seu governo enviou quatro documentos aos EUA para obter a extradição de Gülen


	Fethullah Gülen: "O presidente turco mais uma vez demonstrou que fará o que for necessário para consolidar seu poder e perseguir seus críticos"
 (Greg Savoy/Reuters)

Fethullah Gülen: "O presidente turco mais uma vez demonstrou que fará o que for necessário para consolidar seu poder e perseguir seus críticos" (Greg Savoy/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 08h51.

O opositor turco Fethullah Gülen pediu nesta terça-feira aos Estados Unidos, onde vive desde 1999, que rejeitem os pedidos da Turquia para extraditá-lo, após ser acusado de promover a tentativa de golpe de Estado.

"O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, mais uma vez demonstrou que fará o que for necessário para consolidar seu poder e perseguir seus críticos", disse Gülen em um comunicado.

"Peço ao governo dos Estados Unidos que rejeite qualquer tentativa de abuso do processo de extradição para a realização de vendetas políticas".

Gülen, que se exilou nos Estados Unidos em 1999, nega qualquer envolvimento na tentativa de golpe de Estado contra Erdogan. "É ridículo, irresponsável e falso sugerir que tive algo com este horrível e fracassado golpe".

Gülen é lider espiritual do movimento Hizmet, que promove o Islã moderado em dezenas de países e é qualificado de grupo terrorista pelo governo turco.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, disse nesta terça-feira que seu governo enviou quatro documentos aos Estados Unidos para obter a extradição de Gülen.

Quatro dias após a tentativa de golpe contra o regime de Erdogan, o governo turco realizava uma vasta operação destinada a acabar com a suposta influência de Gülen no país.

O Conselho de Ensino Superior (YÖK) pediu a renúncia de mais de 1.500 decanos de universidades públicas e das que estão vinculadas a fundações privadas.

Segundo um balanço da AFP, ao menos 25.000 funcionários, sobretudo policiais e educadores, foram suspensos ou destituídos de suas funções em todo o país, no âmbito da caça de gülenistas.

Além disso, 9.322 militares, magistrados e policiais são alvos de procedimento judicial, declarou o vice-primeiro-ministro Numan Kurtulmus, sem fornecer mais detalhes.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosPolíticosTayyip ErdoganTurquia

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia