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Guerra na Ucrânia: Putin coloca forças nucleares em alerta máximo

Presidente da Rússia menciona sanções econômicas e "declarações ofensivas" de líderes da Otan

Vladimir Putin: presidente russo coloca forças nucleares em alerta máximo (Alexey Nikolsky/Sputnik/AFP/Getty Images)

Vladimir Putin: presidente russo coloca forças nucleares em alerta máximo (Alexey Nikolsky/Sputnik/AFP/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2022 às 11h24.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2022 às 11h54.

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que seu comando militar colocasse as forças com armas nucleares em alerta máximo neste domingo, enquanto os combatentes ucranianos que defendem a cidade de Kharkiv disseram ter repelido um ataque de tropas invasoras russas.

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse que "o presidente Putin continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável e temos que continuar a conter suas ações da maneira mais forte possível".

No quarto dia do maior ataque a um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial, o gabinete do presidente ucraniano disse que as negociações entre Kiev e Moscou serão realizadas na fronteira bielorrussa-ucraniana. Eles se encontrariam sem pré-condições, disse.

Milhares de civis ucranianos, principalmente mulheres e crianças, fugiam do ataque russo aos países vizinhos.

A capital Kiev ainda estava nas mãos do governo ucraniano, com o presidente Volodymyr Zelenskiy reunindo seu povo apesar do bombardeio russo contra a infraestrutura do país.

Mas Putin, que descreveu a invasão como uma "operação militar especial", colocou um novo elemento alarmante em ação no domingo, quando ordenou que as forças de dissuasão da Rússia - uma referência a unidades que incluem armas nucleares - fossem colocadas em alerta máximo.

Ele citou declarações agressivas de líderes da aliança militar do ocidente, Otan, e sanções econômicas impostas pelo Ocidente contra Moscou.

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"Como você pode ver, não só os países ocidentais tomam medidas hostis contra nosso país na dimensão econômica - quero dizer as sanções ilegais que todos conhecem muito bem - mas também os altos funcionários dos principais países da Otan se permitem fazer declarações agressivas com respeito ao nosso país", disse Putin na televisão estatal.

Soldados russos e veículos blindados entraram em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, e testemunhas relataram disparos e explosões. Mas as autoridades da cidade disseram que os combatentes ucranianos repeliram o ataque.

"O controle sobre Kharkiv é totalmente nosso! As forças armadas, a polícia e as forças de defesa estão trabalhando, e a cidade está sendo completamente limpa do inimigo", disse o governador regional, Oleh Sinegubov.

A Reuters não conseguiu confirmar imediatamente a informação.

As forças ucranianas também estavam impedindo as tropas russas que avançavam em Kiev.

"Nós resistimos e estamos repelindo com sucesso os ataques inimigos. A luta continua", disse Zelenskiy em uma mensagem de vídeo das ruas de Kiev.

Em outros desenvolvimentos, tropas russas explodiram um gasoduto de gás natural em Kharkiv antes do amanhecer, disse uma agência estatal ucraniana, criando uma nuvem de chamas na escuridão.

Os aliados ocidentais da Ucrânia aumentaram sua resposta à invasão terrestre, marítima e aérea da Rússia com uma proibição quase total às companhias aéreas russas que usam o espaço aéreo europeu.

Nas sanções econômicas mais fortes até agora contra Moscou, os Estados Unidos e a Europa disseram no sábado que baniriam os grandes bancos russos do principal sistema global de pagamentos, Swifit, e anunciaram outras medidas destinadas a limitar o uso de reservas de 630 bilhões de dólares do banco central por Moscou.

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