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Guerra Israel-Hamas: ajuda deve entrar em Gaza no sábado, afirma subsecretário da ONU

Nós estamos em negociações profundas e avançadas com todas as partes relevantes para garantir que uma operação de ajuda em Gaza comece o mais rápido possível", afirmou Griffiths

Israel aceitou a entrada de ajuda estritamente humanitária na Faixa de Gaza, mas até o momento não respondeu aos apelos da ONU (AFP/AFP)

Israel aceitou a entrada de ajuda estritamente humanitária na Faixa de Gaza, mas até o momento não respondeu aos apelos da ONU (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de outubro de 2023 às 10h31.

A ajuda humanitária internacional procedente do Egito poderá entrar na Faixa de Gaza, cercada por Israel, "amanhã (sábado) ou depois", declarou nesta sexta-feira, 20, o o subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

"Nós estamos em negociações profundas e avançadas com todas as partes relevantes para garantir que uma operação de ajuda em Gaza comece o mais rápido possível", afirmou Griffiths, citado por um porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em Genebra.

"A primeira entrega deve começar amanhã, ou depois", disse Griffiths.

Questionado sobre o aguardado envio de ajuda ao enclave palestino, o porta-voz Jens Laerke admitiu que não poderia ser mais preciso sobre a abertura da passagem de Rafah, na fronteira entre o Egito e Gaza, e único ponto de entrada para a Faixa que não é controlado por Israel.

O porta-voz disse esperar que "as entregas possam começar o mais rápido possível, de forma segura e de maneira duradoura".

Aceite de Israel

Israel aceitou a entrada de ajuda estritamente humanitária na Faixa de Gaza, mas até o momento não respondeu aos apelos da ONU e de várias ONGs para permitir a entrada de combustível, necessário para os geradores dos hospitais e estações de dessalinização.

Caminhões com ajuda permanecem na passagem de Rafah e aguardam para entrar em Gaza, onde vivem 2,4 milhões de palestinos.

Os blocos de concreto instalados pelos egípcios na passagem de fronteira desde o início dos bombardeios israelenses em Gaza foram retirados, informou uma fonte das forças de segurança egípcias à AFP nesta sexta-feira.

A situação da população do enclave, sob cerco total de Israel, que impede o fornecimento de energia elétrica, água e alimentos, é crítica.

Israel bombardeia o território, sem trégua, desde o ataque do grupo islamista palestino Hamas em 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas em território israelense. Além disso, mais de 200 pessoas foram sequestradas.

Do lado palestino, mais de 3.700 pessoas morreram nos bombardeios israelenses, segundo o Hamas.

O alto comissário da ONU para os refugiados afirmou que a situação é muito preocupante em Gaza.

"Qualquer nova escalada ou mesmo continuação das atividades militares será simplesmente catastrófica para o povo de Gaza", disse Filippo Grandi à imprensa durante uma visita ao Japão.

Ele também afirmou que as consequências de uma propagação do conflito para o Líbano e outras áreas da região seriam "incalculáveis".

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