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"Guantánamo está me matando", denuncia prisioneiro

Samir Naji al-Hasan Moqbel participação de uma greve de fome que já dura quase dois meses na prisão administrada pelos Estados Unidos

Entrada da prisão na base naval americana em Guantánamo: como muitos dos prisioneiros em greve de fome, ele nunca foi acusado por nenhum crime ou julgado (Jim Watson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 13h07.

Washington - Um prisioneiro detido em Guantánamo por mais de uma década sem ter sido acusado de nenhum crime falou nesta segunda-feira sobre sua participação em uma greve de fome que já dura quase dois meses na prisão administrada pelos Estados Unidos.

Em um artigo publicado pelo New York Times intitulado "Gitmo (Guantánamo) está me matando", Samir Naji al-Hasan Moqbel afirma que perdeu mais de 13 quilos desde que começou uma greve de fome, no dia 10 de fevereiro, e que outro prisioneiro atualmente pesa apenas 34 quilos.

"Nunca vou esquecer a primeira vez que eles colocaram o tubo de alimentação por meu nariz. Não posso descrever quão doloroso é ser forçado a se alimentar desta maneira", destacou Moqbel, de 35 anos.

"Duas vezes por dia eles me prendem a uma cadeira em minha cela. Meus braços, pernas e cabeça são amarrados. Eu nunca sei quando eles virão. Algumas vezes eles vêm durante a noite, às 23H00, quando estou dormindo".

"Há tantos de nós em greve de fome agora que não há membros da equipe médica suficientes para realizar as alimentações forçadas... Eles estão alimentando pessoas o dia todo apenas para prosseguirem".


Moqbel afirmou ter viajado do Iêmen ao Afeganistão em 2000 em busca de trabalho, fugindo para o Paquistão durante a invasão americana no ano seguinte, onde foi detido e aprisionado em Guantánamo.

Como muitos dos prisioneiros em greve de fome, ele nunca foi acusado por nenhum crime ou julgado, e não é visto como uma ameaça para a segurança nacional americana.

Mas ele não pode ser libertado devido a uma moratória sobre a repatriação de iemenitas promulgada pelo presidente Barack Obama em 2009, depois que um complô para derrubar um avião no dia de Natal foi ligado ao braço iemenita da Al-Qaeda.

A greve começou quando os prisioneiros alegaram que funcionários da prisão revistaram seus exemplares do Alcorão de forma desrespeitosa. As autoridades negaram qualquer profanação ao livro sagrado do Islã.

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Washington - Um prisioneiro detido em Guantánamo por mais de uma década sem ter sido acusado de nenhum crime falou nesta segunda-feira sobre sua participação em uma greve de fome que já dura quase dois meses na prisão administrada pelos Estados Unidos.

Em um artigo publicado pelo New York Times intitulado "Gitmo (Guantánamo) está me matando", Samir Naji al-Hasan Moqbel afirma que perdeu mais de 13 quilos desde que começou uma greve de fome, no dia 10 de fevereiro, e que outro prisioneiro atualmente pesa apenas 34 quilos.

"Nunca vou esquecer a primeira vez que eles colocaram o tubo de alimentação por meu nariz. Não posso descrever quão doloroso é ser forçado a se alimentar desta maneira", destacou Moqbel, de 35 anos.

"Duas vezes por dia eles me prendem a uma cadeira em minha cela. Meus braços, pernas e cabeça são amarrados. Eu nunca sei quando eles virão. Algumas vezes eles vêm durante a noite, às 23H00, quando estou dormindo".

"Há tantos de nós em greve de fome agora que não há membros da equipe médica suficientes para realizar as alimentações forçadas... Eles estão alimentando pessoas o dia todo apenas para prosseguirem".


Moqbel afirmou ter viajado do Iêmen ao Afeganistão em 2000 em busca de trabalho, fugindo para o Paquistão durante a invasão americana no ano seguinte, onde foi detido e aprisionado em Guantánamo.

Como muitos dos prisioneiros em greve de fome, ele nunca foi acusado por nenhum crime ou julgado, e não é visto como uma ameaça para a segurança nacional americana.

Mas ele não pode ser libertado devido a uma moratória sobre a repatriação de iemenitas promulgada pelo presidente Barack Obama em 2009, depois que um complô para derrubar um avião no dia de Natal foi ligado ao braço iemenita da Al-Qaeda.

A greve começou quando os prisioneiros alegaram que funcionários da prisão revistaram seus exemplares do Alcorão de forma desrespeitosa. As autoridades negaram qualquer profanação ao livro sagrado do Islã.

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