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Guaidó diz que "nunca" será um bom momento para negociar com Maduro

Representantes dos dois líderes estiveram em Oslo em maio para discussões sobre a Venezuela, mas as partes não conseguiram chegar a um acordo

Juan Guaidó: Líder da oposição venezuelana disse que "nunca será um bom momento para a mediação com sequestradores, violadores de direitos humanos, e com uma ditadura" (Manaure Quintero/Reuters)

Juan Guaidó: Líder da oposição venezuelana disse que "nunca será um bom momento para a mediação com sequestradores, violadores de direitos humanos, e com uma ditadura" (Manaure Quintero/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2019 às 11h32.

O líder de oposição venezuelana Juan Guaidó disse nessa terça-feira (2) que "nunca" haverá um bom momento para negociar com a "ditadura" do presidente Nicolás Maduro, descartando uma nova rodada de conversas para pôr fim à crise política que o país vive.

Guaidó e Maduro haviam enviado representantes a Oslo em maio, para discussões incentivadas pelo governo da Noruega, mas as partes não conseguiram chegar a qualquer tipo de acordo. No sábado, pessoas familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que as negociações seriam reiniciadas nesta semana. Guaidó afirmou que não havia "anúncio oficial de que ele compareceria a uma nova rodada" de diálogo.

"Nunca será um bom momento para a mediação... com sequestradores, violadores de direitos humanos, e com uma ditadura", disse Guaidó a jornalistas na Assembleia Nacional, controlada pela oposição e dirigida por ele.

Poucos detalhes foram revelados sobre as negociações de Oslo entre os representantes de Maduro e Guaidó, que se autoproclamou presidente interino e denuncia Maduro como um usurpador ilegítimo que provocou recessão nos últimos cinco anos.

Os comentários de Guaidó ocorrem quando a oposição expressa indignação diante da morte, na semana passada, do capitão da Marinha Rafael Acosta, enquanto estava detido em custódia militar. A esposa do capitão e grupos de direitos humanos acusam o governo Maduro de torturar Acosta e de se recusar a esclarecer as circunstâncias da morte.

O procurador-chefe da Venezuela acusou, na segunda-feira (1º), dois oficiais de Inteligência de homicídio em conexão com a morte de Acosta, sem explicar como ele teria sido morto.

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