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Grupos de mídia social defendem filtragem de conteúdo no Congresso dos EUA

Republicanos conservadores criticaram Facebook, Alphabet e Twitter pelo que alegam ser práticas politicamente motivadas para remover conteúdo

Congresso dos EUA: redes sociais negaram discriminação de conteúdo por razões políticas (Getty Images/Getty Images)

Congresso dos EUA: redes sociais negaram discriminação de conteúdo por razões políticas (Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 17 de julho de 2018 às 16h27.

Washington - O Facebook, a Alphabet e o Twitter disseram nesta terça-feira a um painel da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que as empresas de mídia social não estão discriminando conteúdo por razões políticas.

Republicanos conservadores no Congresso criticaram as empresas de mídia social pelo que alegam ser práticas politicamente motivadas para remover conteúdo, uma acusação que as empresas rejeitaram.

O presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Bob Goodlatte, um republicano, disse que, desde uma audiência em abril, o Congresso "viu vários esforços dessas empresas para melhorar a transparência", mas também apontou exemplos de conteúdos sendo removidos.

Goodlatte perguntou se essas empresas estão "usando seu poder de mercado para favorecer o conteúdo que as empresas preferem" no processo de filtragem.

O deputado David Cicilline, democrata, criticou a audiência e disse que o Facebook há dois anos "tem feito o possível para ajudar acalmar e apaziguar os conservadores", e apontou para o fracasso do Facebook em remover páginas que promovem teorias de conspiração não substanciadas.

"Não há evidências de que os algoritmos de redes sociais ou resultados de busca sejam tendenciosos contra os conservadores. É uma narrativa inventada, difundida pela máquina de propaganda conservadora para convencer os eleitores de uma conspiração que não existe", disse Cicilline.

O Facebook disse no início do ano que havia contratado o ex-senador republicano Jon Kyl para aconselhar a empresa sobre "possíveis preconceitos contra vozes conservadoras".

A chefe de gerenciamento de políticas globais do Facebook, Monika Bickert, disse ao comitê que quer tratar com justiça todos os grupos, explicando o motivo de conduzir várias auditorias.

"Nós só queremos ter certeza de que estamos fazendo o nosso trabalho corretamente", disse Bickert, acrescentando que o Facebook consulta uma grande variedade de grupos.

Os democratas da Câmara disseram que o comitê deve se concentrar nas ameaças ao processo eleitoral dos EUA contra hackers russos. O deputado Jerrold Nadler, o principal democrata do comitê, pediu, sem sucesso, que o painel fosse adiado para uma sessão privada para discutir a Rússia.

Juniper Downs, diretor global de políticas públicas e relações governamentais no YouTube, disse que a companhia não discrimina os conservadores. "Dar preferência ao conteúdo de uma ideologia política sobre outra fundamentalmente entraria em conflito com nosso objetivo de fornecer serviços que funcionem para todos", disse ela.

O estrategista sênior do Twitter, Nick Pickles, disse que a empresa não discrimina os conservadores e que trabalha para tomar decisões neutras. "Nosso objetivo é servir ao debate, não para fazer julgamentos de valor sobre crenças pessoais", disse ele.

 

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