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Grupo Norte Energia leva Belo Monte com deságio de 6%

O grupo ofereceu uma tarifa de 78 reais o megawatt/hora, ante um preço máximo definido no leilão de 83 reais

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Brasília - O consórcio liderado por Chesf, grupo Bertin e construtora Queiroz Galvão venceu o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, considerada a terceira maior do mundo em capacidade de geração e com um orçamento previsto de 19 bilhões de reais.

O grupo ofereceu uma tarifa de 78 reais o megawatt/hora, ante um preço máximo definido no leilão de 83 reais, um deságio de 6,02 por cento.

O consórcio, chamado de Norte Energia, superou o grupo Belo Monte Energia, considerado favorito na disputa e integrado por pesos-pesados do setor como as estatais Furnas e Eletrosul e também por Vale e Andrade Gutierrez, que estava envolvida no projeto há anos.

A Agência Nacional de Energia Elétrica não informou quanto foi oferecido pelo consórcio Belo Monte Energia, que, por sua vez, preferiu não comentar o assunto.

O diretor de engenharia e construção da Chesf, geradora de energia elétrica com operações mais concentradas do Nordeste, José Ailton de Lima, afirmou a jornalistas que não existe previsão de antecipação do projeto de Belo Monte e que a Eletronorte reforçará o consórcio, como o previsto.

Segundo ele, as estatais ficarão com 49,98 por cento da usina. Sobre manifestações indígenas na região onde a usina será erguida, o executivo comentou que "estamos vivendo em um Estado de direito democrático e vamos enfrentar o que vier".

"Ao projeto de Belo Monte cabe muito aperfeiçoamento, muitas melhorias, mas ainda não podemos falar muito porque elas têm que ser submetidas à Aneel", disse Ailton.

Ele apostou ainda que o grupo poderá erguer a usina a um custo menor do que o estimado. "Eu vou fazer a obra mais barata. Se eu for eficiente eu ganho mais. A obra tem uma escala muito grande, traz vantagens enormes para os empreendedores", afirmou.

A usina, que deverá ser a terceira maior do mundo, atrás da binacional Itaipu e da chinesa Três Gargantas, tem entrada em operação prevista para 2015 (1a fase) e 2019 (2a fase) e contará com capacidade instalada de 11 mil megawatts, com garantia física de 4.571 megawatts médios.

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