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Grupo de potências inicia fase crucial de conversas com Irã

Após três meses de variadas expectativas, as partes agora buscam formular um pacote de acordos para encerrar anos de antagonismo

Usina nuclear iraniana: autoridades norte-americanas alertaram contra o excesso de otimismo dadas as persistentes e grandes diferenças entre as partes (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 10h04.

Viena - Seis potências mundiais e o Irã lançaram uma decisiva fase de conversações diplomáticas, nesta quarta-feira, para começar a delinear um acordo duradouro que restringiria a contestada atividade nuclear iraniana em troca do fim gradual das sanções que têm prejudicado a economia do país.

Após três meses de variadas expectativas, as partes agora buscam formular um pacote de acordos para encerrar anos de antagonismo e reduzir o risco de uma ampla guerra no Oriente Médio com repercussões globais.

O distanciamento dos EUA do Irã há décadas pode se mitigado, melhorando assim a estabilidade internacional, se um acordo de fato for alcançado, mas as autoridades norte-americanas alertaram contra o excesso de otimismo dadas as persistentes e grandes diferenças entre as partes.

Nos próximos dois meses, os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França, a Grã-Bretanha e a Alemanha vão tentar fazer com que o Irã concorde em cortar radicalmente seu programa de enriquecimento de urânio, o qual eles temem que possa levar à produção de bombas atômicas, ao passo que o Irã deseja a eliminação das sanções contra o país, cuja economia é baseada no petróleo.

Diplomatas de ambos os lados disseram que querem resolver todos os pontos mais difíceis sobre questões como a capacidade do Irã de enriquecer urânio e o futuro de suas instalações nucleares, assim como um cronograma para o alívio nas sanções até o dia prazo-limite de 20 de julho.

Após esse prazo, o acordo interino firmado em novembro vai expirar e sua prorrogação provavelmente complicaria as negociações. Mas um acordo em dois meses ainda está longe de ser assegurado, já que diplomatas ocidentais alertam que certas diferenças podem ser intransponíveis.

“Francamente, isso é muito, muito difícil”, afirmou uma autoridade sênior dos EUA a repórteres antes do começo das conversas, sob condição de anonimato. “Eu alertaria as pessoas para que, apenas porque vamos delineá-lo, certamente isso não significa que um acordo seja iminente ou que é certo que eventualmente chegaremos a um resolução”, acrescentou.

Um porta-voz da chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que coordena a diplomacia com o Irã em nome dos seis países, disse que os negociadores tiveram uma “discussão inicial útil” na manhã desta quarta-feira (horário local) e que realizariam encontros de coordenação mais tarde.

“Estamos agora esperando que eles entrem na nova fase de negociações na qual começaremos a montar as linhas gerais do que pode ser um acordo. Todos os lados estão amplamente comprometidos”, afirmou.

Obscurecendo o pano de fundo das negociações estão as ameaças feitas por Israel - país amplamente considerado como o único com armamento nuclear do Oriente Médio e que enxerga o Irã como uma ameaça à sua existência - de atacar as instalações nucleares do Irã se julgar que a diplomacia não foi suficiente para conter as habilidades e o potencial atômico de Teerã.

O presidente dos EUA, Barack Obama, também não descartou como última opção o uso de ação militar.

Mas, em uma perspectiva mais ampla, as seis potências querem garantir que o programa iraniano seja restringido o suficiente para que o Irã leve um longo tempo para juntar componentes para uma bomba nuclear, se assim decidir. A República Islâmica diz que quer apenas energia nuclear pacífica.

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Viena - Seis potências mundiais e o Irã lançaram uma decisiva fase de conversações diplomáticas, nesta quarta-feira, para começar a delinear um acordo duradouro que restringiria a contestada atividade nuclear iraniana em troca do fim gradual das sanções que têm prejudicado a economia do país.

Após três meses de variadas expectativas, as partes agora buscam formular um pacote de acordos para encerrar anos de antagonismo e reduzir o risco de uma ampla guerra no Oriente Médio com repercussões globais.

O distanciamento dos EUA do Irã há décadas pode se mitigado, melhorando assim a estabilidade internacional, se um acordo de fato for alcançado, mas as autoridades norte-americanas alertaram contra o excesso de otimismo dadas as persistentes e grandes diferenças entre as partes.

Nos próximos dois meses, os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França, a Grã-Bretanha e a Alemanha vão tentar fazer com que o Irã concorde em cortar radicalmente seu programa de enriquecimento de urânio, o qual eles temem que possa levar à produção de bombas atômicas, ao passo que o Irã deseja a eliminação das sanções contra o país, cuja economia é baseada no petróleo.

Diplomatas de ambos os lados disseram que querem resolver todos os pontos mais difíceis sobre questões como a capacidade do Irã de enriquecer urânio e o futuro de suas instalações nucleares, assim como um cronograma para o alívio nas sanções até o dia prazo-limite de 20 de julho.

Após esse prazo, o acordo interino firmado em novembro vai expirar e sua prorrogação provavelmente complicaria as negociações. Mas um acordo em dois meses ainda está longe de ser assegurado, já que diplomatas ocidentais alertam que certas diferenças podem ser intransponíveis.

“Francamente, isso é muito, muito difícil”, afirmou uma autoridade sênior dos EUA a repórteres antes do começo das conversas, sob condição de anonimato. “Eu alertaria as pessoas para que, apenas porque vamos delineá-lo, certamente isso não significa que um acordo seja iminente ou que é certo que eventualmente chegaremos a um resolução”, acrescentou.

Um porta-voz da chefe da política externa da União Europeia, Catherine Ashton, que coordena a diplomacia com o Irã em nome dos seis países, disse que os negociadores tiveram uma “discussão inicial útil” na manhã desta quarta-feira (horário local) e que realizariam encontros de coordenação mais tarde.

“Estamos agora esperando que eles entrem na nova fase de negociações na qual começaremos a montar as linhas gerais do que pode ser um acordo. Todos os lados estão amplamente comprometidos”, afirmou.

Obscurecendo o pano de fundo das negociações estão as ameaças feitas por Israel - país amplamente considerado como o único com armamento nuclear do Oriente Médio e que enxerga o Irã como uma ameaça à sua existência - de atacar as instalações nucleares do Irã se julgar que a diplomacia não foi suficiente para conter as habilidades e o potencial atômico de Teerã.

O presidente dos EUA, Barack Obama, também não descartou como última opção o uso de ação militar.

Mas, em uma perspectiva mais ampla, as seis potências querem garantir que o programa iraniano seja restringido o suficiente para que o Irã leve um longo tempo para juntar componentes para uma bomba nuclear, se assim decidir. A República Islâmica diz que quer apenas energia nuclear pacífica.

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