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Grupo armado do Peru pede milhões por sequestrados

As vítimas são trabalhadores contratados pelo consórcio de gás de Camisea

Na tarde desta terça-feira partiu de Lima com direção a Cuzco um avião policial levando o ministro da Minas e Energia, Jorge Merino, e cerca de 50 policiais (AFP)

Na tarde desta terça-feira partiu de Lima com direção a Cuzco um avião policial levando o ministro da Minas e Energia, Jorge Merino, e cerca de 50 policiais (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 17h59.

Lima - O grupo armado que sequestrou na segunda-feira no sul do Peru vários trabalhadores de empresas contratadas pelo consórcio de gás de Camisea exigiu o pagamento de US$ 10 milhões para libertá-los, informou o jornal "Correo", que publicou a suposta nota de resgate manuscrita.

O site do jornal na internet divulgou a nota supostamente enviada pelos terroristas, presumivelmente um comando do Sendero Luminoso, na qual também exigem a entrega de explosivos e fulminantes e o pagamento de uma "parcela de guerra" anual de US$ 1,2 milhão.

Consultadas pela Agência Efe, fontes do Ministério do Interior e policiais das delegacias mais próximas à região do sequestro - a cidade de Kepashiato, no sudeste do Peru - disseram que não podem confirmar essa informação.

Apesar de as fontes oficiais terem afirmado que os sequestradores mantêm apenas sete trabalhadores em seu poder, a prefeita da província de La Convención, Fedia Castro, declarou que os retidos são 40 pessoas e que não foi realizada nenhuma libertação.

"Não há nenhum libertado. São 40 peruanos, 40 vidas que estão em perigo e por isso faço este esclarecimento à opinião pública", disse Fedia à imprensa local.

A prefeita informou, além disso, que a nota na qual os sequestradores pedem o milionário resgate foi enviada com uma médica e uma enfermeira.

Fontes que pediram anonimato tinham dito à Efe na segunda-feira que o grupo armado, presumivelmente pertencente a Sendero Luminoso, já libertou 23 de um total de 30 trabalhadores que deteve na região do Vale dos rios Apurímac e Ene (VRAE), no sudeste do país.

As pessoas que foram sequestradas na cidade de Kepashiato são trabalhadores das empresas Coga e Skanska, relacionadas com atividades contratadas pelo consórcio de gás de Camisea.

Os postos policiais mais próximos à região se encontram em Quillabamba, a oito horas de Kepashiato, e em Pichari, a 12 horas.

Na tarde desta terça-feira partiu de Lima com direção a Cuzco um avião policial levando o ministro da Minas e Energia, Jorge Merino, e cerca de 50 policiais das forças de operações especiais, segundo a Efe constatou no aeroporto da capital. 

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